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Para Além dos Ministros e do Orçamento: A Visão de Cotrim Figueiredo para a Reforma do SNS

O candidato presidencial João Cotrim Figueiredo defende que a crise no Serviço Nacional de Saúde (SNS) é um problema estrutural que não se resolve com a demissão de ministros ou com o aumento do financiamento, mas sim com uma reforma profunda da sua arquitetura.
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Numa iniciativa com estudantes universitários em Coimbra, o candidato à Presidência da República, João Cotrim Figueiredo, argumentou que os problemas crónicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) residem na sua arquitetura e não na falta de verbas ou na sucessão de ministros. Segundo o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal, o sistema atual, pela sua dimensão e centralização, "tritura qualquer ministro", tornando ineficaz a substituição do titular da pasta, pois os problemas de fundo persistem.

Cotrim Figueiredo sublinhou que pedir a demissão da atual ministra seria inútil, pois dentro de seis meses a situação seria a mesma.

O candidato presidencial insistiu que a solução não passa por mais dinheiro, evidenciando que o orçamento do SNS aumentou mais de 80% entre 2015 e 2025 sem que se verificassem melhorias correspondentes na qualidade dos serviços. Com um orçamento de 17 mil milhões de euros e 160 mil profissionais, o SNS, na sua visão, não pode ser gerido de forma centralizada.

A reforma que propõe assenta na descentralização, defendendo que as unidades base do sistema devem ter autonomia e possuir os seus próprios mecanismos de incentivo e controlo para melhorar continuamente os serviços prestados. Cotrim Figueiredo lamentou que o plano de reforma estruturado que apresentou há três anos não tenha merecido interesse.

Para o deputado europeu, a saúde é o exemplo mais "urgente e premente" de como o adiamento de reformas estruturais resulta em maus serviços públicos e desperdício de recursos.

Alertou que, sem uma mudança profunda, o SNS nunca será eficiente e continuará a consumir recursos excessivos dos contribuintes.

Neste contexto, defendeu que o Presidente da República deve assumir um papel mais "interventivo, mais enérgico e exigente", garantindo que os problemas não saem da agenda e que o país não se contenta com "pensos rápidos ou com meras operações de cosmética".

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