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Economia Domingo, Agosto 24

Economia portuguesa com menos 1,9 mil milhões de euros de excedente até junho

O mercado de crédito em Portugal apresenta um cenário de contrastes, com um aumento na procura e nos montantes financiados ao consumo, ao mesmo tempo que os bancos apertam os critérios de concessão e surgem novos atores no financiamento.
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O crédito ao consumo em Portugal registou um crescimento significativo no primeiro semestre de 2025. Segundo dados da plataforma CréditoPessoal.pt, apesar de uma diminuição no número de pedidos, os créditos aprovados aumentaram 27,3% e o montante total financiado passou de 1,83 milhões para 3,19 milhões de euros.

O crédito pessoal, maioritariamente destinado a obras e renovações de habitações, representou 97% das aprovações.

No crédito automóvel, embora o número de contratos tenha diminuído, o valor financiado quase triplicou, impulsionado pela aquisição de viaturas mais caras, como carros novos e elétricos.

Em contrapartida, os bancos estão a tornar mais rigorosos os critérios para a concessão de empréstimos.

A principal causa de recusa é uma taxa de esforço superior a 50%, o limite definido pelo Banco de Portugal. Especialistas como Tiago Pestana, do CréditoPessoal.pt, e a Comparamais sublinham a importância de o crédito ser uma solução sustentável e não um “sufoco financeiro”.

Para aumentar as hipóteses de aprovação, os consumidores devem analisar a sua taxa de esforço, privilegiando valores abaixo de 35%, ter estabilidade laboral e salários adequados. Aconselha-se também a comparação de propostas através de simuladores, focando-se na TAEG (Taxa Anual de Encargos Efetiva Global), que inclui todos os custos, em vez da TAN (Taxa Anual Nominal).

Paralelamente, o mercado está a assistir a uma reconfiguração.

Empresas tradicionalmente focadas na gestão de crédito malparado, como a Hipoges e a LX Partners, estão a diversificar os seus negócios devido à redução significativa de empréstimos não produtivos (NPL) nos balanços dos bancos.

A Hipoges planeia entrar no financiamento a promotores imobiliários.

Já a LX Partners investiu em negócios como o de mini-armazéns (Perfect Space) e lançou o primeiro fundo de crédito registado em Portugal, a Five Credit, com 300 milhões de euros para emprestar a PME. Neste contexto de dinamismo e mudança, a supervisão do Banco de Portugal mantém-se ativa.

A entidade reguladora emitiu um alerta sobre a “Agra Financia”, uma entidade que atua online sem estar habilitada a conceder crédito em Portugal.

O Banco de Portugal reforça a importância de os consumidores consultarem as listas oficiais de entidades autorizadas a exercer atividade financeira no seu site.

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