Economia Portuguesa: Entre a Criação Recorde de Empresas e os Desafios do Incumprimento



O tecido empresarial português registou um dinamismo recorde em 2025, com a criação de 45.273 novas empresas entre janeiro e outubro, o que representa um aumento de 3,7% face ao período homólogo de 2024 e o valor mais elevado dos últimos 20 anos.
Este crescimento foi impulsionado principalmente pelos setores das atividades imobiliárias (+23%), construção (+16%), serviços empresariais (+5,3%) e tecnologias da informação e comunicação (+9,3%).
Em contrapartida, alguns setores registaram uma contração, com destaque para os transportes, que sofreram uma quebra de 12%, e para o retalho, com uma descida de 7,1%.
Geograficamente, o aumento na constituição de empresas foi transversal a quase todo o país.
A região Norte liderou tanto em número de novas empresas (14.200) como em crescimento homólogo (+5,0%). A única exceção foi o Algarve, que registou uma ligeira descida de 1,3%, influenciada pela quebra na criação de empresas de transportes. Os indicadores de saúde empresarial acompanharam esta tendência positiva. O número de encerramentos de empresas diminuiu, com 9.622 registados até ao final de outubro. Nos últimos 12 meses, a queda foi de 13% em comparação com o período anterior.
As insolvências também recuaram 4,3%, totalizando 1.676 processos, o que interrompe uma trajetória de dois anos consecutivos de aumentos.
A descida foi particularmente acentuada no setor das indústrias, nomeadamente na área têxtil e da moda (-35%), embora este continue a ser um dos setores com maior número absoluto de insolvências.
Apesar deste cenário favorável, um estudo sobre a gestão do risco de crédito revelou que 25% das empresas portuguesas sofreram incumprimentos significativos em 2025, um agravamento de dois pontos percentuais face a 2024.
Entre os fatores que afetam a solvência dos clientes, os gestores inquiridos apontaram a fraca evolução na procura, as tensões geopolíticas e, com menor impacto que no ano anterior, a inflação.
Contudo, o otimismo prevalece, com a maioria das empresas (57%) a esperar fechar o ano com crescimento no volume de negócios e 61% a antecipar a continuação da recuperação económica.
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