Fraude em Duas Frentes: Nova Tecnologia Deteta Adulteração Alimentar Enquanto Empresas Portuguesas Hesitam em Inovar



Investigadores do instituto de tecnologia espanhol Ainia desenvolveram uma metodologia analítica avançada para detetar fraudes em especiarias, nomeadamente em produtos vulneráveis como os orégãos e o açafrão.
A adulteração, que compromete a segurança alimentar e a confiança dos consumidores, ocorre habitualmente em produtos moídos, onde a fraude não é visualmente detetável.
Práticas comuns incluem a mistura de orégãos com folhas de oliveira ou manjerona, e a adição de corantes artificiais ou flores de baixo custo, como cártamo, ao açafrão.
A nova tecnologia, desenvolvida no âmbito do projeto Fraudet, combina microextração em fase sólida (HS-SPME) com cromatografia gasosa acoplada à espetrometria de massas (GC-MS) para analisar os perfis aromáticos das especiarias.
Esta abordagem, complementada por um modelo estatístico quimiométrico, permite identificar marcadores específicos de adulterantes.
A metodologia foi validada com amostras reais de vários países, incluindo Peru, China, Irão e Grécia, em colaboração com empresas do setor agroalimentar, e abre portas a outras aplicações, como a identificação de produtos com Denominação de Origem Protegida (DOP).
Em contraste com esta inovação tecnológica no setor alimentar, um estudo da Deloitte revela uma abordagem mais reativa à fraude no tecido empresarial português.
O “Corruption & Fraud Survey 2025” indica que 28% das organizações nacionais admitem ter sido vítimas de fraude no último ano, sendo as tipologias mais comuns a fraude em meios de pagamento (45%), a apropriação indevida de ativos (38%) e os ataques cibernéticos (34%).
Estima-se que o impacto financeiro destes eventos se situe entre 0,5% e 2% da receita das empresas afetadas.
Apesar de a maioria das empresas (91%) já possuir canais de denúncia, a adoção de tecnologia para a deteção de fraudes é surpreendentemente baixa: 76% não recorrem a estas soluções, apontando o elevado investimento como principal barreira. De facto, 72% das organizações inquiridas não pretendem investir mais de 25 mil euros em ferramentas de deteção no próximo ano. Esta tendência contrasta com o panorama global, onde o uso de Inteligência Artificial para este fim está a crescer, e demonstra uma preferência por medidas de controlo reativas em detrimento de uma gestão de risco estrutural e preventiva.
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