Impacto do Fumo Passivo na Saúde Infantil

Um estudo apresentado no Congresso Europeu de Respiração de Amesterdão revela o impacto devastador do fumo passivo na saúde infantil a nível global. Segundo a investigação, as crianças perdem anualmente um total de 8,45 milhões de anos de vida devido à exposição ao fumo do tabaco, sendo este problema particularmente acentuado em regiões com rendimentos mais baixos. Siyu Dai, professora na Escola de Medicina Clínica da Universidade de Hangzhou, na China, e autora principal do estudo, sublinhou durante a apresentação que “não há um nível seguro de exposição” ao fumo do tabaco para as crianças.

A investigadora recordou que esta exposição provoca doenças e mortes que poderiam ser evitadas.

As crianças são consideradas “especialmente vulneráveis” aos efeitos nocivos do tabaco por duas razões principais: os seus corpos ainda se encontram em desenvolvimento e têm um controlo muito limitado sobre o ambiente em que estão inseridas.

A exposição ao fumo passivo está associada a um maior risco de desenvolvimento de várias condições de saúde, incluindo infeções do peito, asma, doenças cardiovasculares e problemas de desenvolvimento neuronal. Os dados do estudo são corroborados por estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS). A organização calcula que o fumo passivo é responsável por 1,2 milhões de mortes prematuras a cada ano em todo o mundo. Desse total, 65 mil vítimas são crianças com menos de 15 anos, o que reforça a urgência de proteger os mais novos da exposição ao fumo do tabaco.