O Paradoxo da 'Empresa na Hora': A Crise de Pessoal que Transforma Horas em Meses

O serviço 'Empresa na Hora', concebido para agilizar a criação de negócios em Portugal, enfrenta uma crise sem precedentes, com processos que, em vez de horas, podem demorar até dez meses a ser concluídos.

A promessa de criar uma empresa de forma célere em Portugal está a ser comprometida por uma grave falta de funcionários nos serviços de registo, o que transforma o serviço 'Empresa na Hora' numa espera que pode chegar aos dez meses.

A situação, denunciada por trabalhadores do setor e advogados, revela uma profunda falha no sistema que prometia agilidade.

A principal causa para estes atrasos significativos é uma acentuada falta de pessoal.

Os artigos indicam que seriam necessários cerca de 2000 novos funcionários para normalizar a operação e responder à procura. Esta carência de recursos humanos já forçou o encerramento de alguns balcões de atendimento, aumentando a pressão sobre os serviços que permanecem abertos e prolongando ainda mais os tempos de espera para os cidadãos e empresários.

As consequências desta paralisação são sentidas em todo o país.

Numa demonstração da urgência e das dificuldades sentidas, há relatos de cidadãos e advogados que se veem obrigados a percorrer longas distâncias, como viajar 500 quilómetros do Algarve até Viseu, na esperança de encontrar um balcão com capacidade para concluir os seus processos de forma mais rápida.

Esta situação não só contradiz o propósito do serviço, como também impõe custos e dificuldades adicionais aos empreendedores.

Apesar das denúncias e do impacto visível, um dos artigos refere que o Governo tem mantido o silêncio sobre o assunto.

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Criar "Empresa na Hora" demora dez meses porque falta pessoal nos registos

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