Organizações não-governamentais denunciam escravatura de milhares em centros de burlas no Sudeste Asiático



Duas organizações não-governamentais (ONGs) denunciaram à agência Lusa a existência de uma vasta rede de crime organizado no Sudeste Asiático dedicada a burlas informáticas, que recorre ao rapto e escravatura de milhares de jovens para levar a cabo as suas operações.
Esta atividade criminosa está em expansão na região e tem resultado em inúmeras mortes que, segundo as denúncias, não estão a ser devidamente investigadas.
De acordo com as informações divulgadas, os jovens são sequestrados e forçados a trabalhar nestes centros de burla em condições de escravatura.
As ONGs alertam para a gravidade da situação humanitária, sublinhando que muitas das mortes associadas a esta rede criminosa contam com a conivência das autoridades locais, que não investigam os casos. Uma das fontes refere mesmo que "há muitos corpos que ninguém reclama", o que evidencia a escala da tragédia e a impunidade com que estes grupos operam. A denúncia aponta diretamente para uma falha sistémica na proteção dos direitos humanos e na aplicação da lei nos países afetados, onde a cumplicidade de elementos das autoridades permite que este crime em expansão continue a vitimar um número crescente de pessoas. A falta de investigação e de responsabilização agrava a vulnerabilidade das populações e fortalece as estruturas do crime organizado na região.












