Candidatos presidenciais criticam mensagem de Natal de Luís Montenegro pela omissão da saúde



A mensagem de Natal do primeiro-ministro, Luís Montenegro, motivou reações maioritariamente críticas por parte dos candidatos à Presidência da República, que se mostraram divididos. O principal ponto de contestação foi a omissão da crise na saúde, um tema que dominou as respostas de vários candidatos. André Ventura foi um dos mais vocais, classificando a mensagem como “pouco feliz e pouco empática” e a ausência de uma referência à saúde como uma “falha muito grave”.
O candidato do Chega considerou que a omissão revela uma desconexão do Governo com “o problema mais intenso da vida das pessoas” e questionou o silêncio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o assunto.
Ventura aproveitou para renovar o desafio aos seus adversários para um debate presidencial dedicado exclusivamente à saúde.
Também o candidato Seguro focou a sua reação na crise do setor.
Na mesma linha, Catarina Martins considerou que a intervenção de Montenegro serviu como uma “desresponsabilização” do Governo.
No entanto, nem todas as reações foram negativas.
João Cotrim de Figueiredo e Henrique Gouveia e Melo encontraram pontos positivos no discurso, elogiando o tom, mas pediram mais ambição ao executivo.
Criticaram ainda o “timing” das reformas e os ciclos curtos de governação.
Questionado sobre a afirmação de Montenegro de que não haverá eleições antecipadas, André Ventura expressou o desejo de que tal não aconteça, para garantir a estabilidade do país, mas ressalvou que o futuro é incerto e que a decisão dependerá também do Presidente da República que for eleito.

















