
Impacto das Políticas Europeias na Agricultura Portuguesa



A agricultura portuguesa enfrenta um cenário de perdas anuais que podem atingir os 510 milhões de euros, o que corresponde a 7% do rendimento da produção vegetal nacional. O alerta provém de um estudo atualizado, realizado pela consultora AGRO.GES para a CropLife Portugal, que avalia o impacto económico e social da retirada de 44 substâncias ativas no âmbito da estratégia europeia “Do Prado ao Prato”, que visa reduzir o uso de produtos fitofarmacêuticos em 50% até 2030. Este valor representa um agravamento face aos 332 milhões de euros estimados num estudo semelhante em 2020.
O relatório analisou oito culturas chave — vinha, olival, pera-rocha, milho, tomate de indústria, arroz, batata e maçã — e concluiu que a diminuição da produtividade e o aumento dos custos de produção podem tornar economicamente inviáveis quatro destas fileiras em determinadas regiões: a vinha (Douro, Trás-os-Montes, Beiras e Alentejo), o arroz (Mondego), o milho (Minho) e o tomate de indústria (Ribatejo). As quebras na Margem Bruta podem ser significativas, com perdas estimadas de 150 milhões de euros para a vinha, 50 milhões para a batata e 48,5 milhões para o milho.
A cultura da batata é a que apresenta a maior quebra de produtividade, podendo atingir os 60%.
A região do Alentejo surge como uma das mais afetadas, com perdas potenciais significativas na vinha, olival e tomate de indústria. O impacto estende-se também à balança comercial, com o estudo a prever uma quebra de 360 milhões de euros na produção destinada à exportação (vinho, azeite, pera-rocha, maçã e tomate), fragilizando um setor que exporta anualmente cerca de 3.100 milhões de euros. Adicionalmente, prevê-se um aumento das importações, nomeadamente de milho, para compensar as quebras na produção nacional. As consequências sociais são igualmente preocupantes, com o estudo a apontar para a perda de um valor equivalente a 11.481 postos de trabalho anuais. Perante este cenário, a CropLife Portugal e a AGRO.GES recomendam a adoção de critérios científicos na regulamentação e o fomento da inovação tecnológica, como biopesticidas e agricultura de precisão, defendendo a necessidade de equilibrar as metas ambientais com a sustentabilidade económica das explorações agrícolas.
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