
O plano de Netanyahu para uma “ocupação total” da Faixa de Gaza que pode durar entre quatro e cinco meses



A Faixa de Gaza enfrenta uma crise multifacetada, marcada pela iminência de uma ocupação militar total por Israel e por uma catástrofe humanitária agravada por um acidente fatal com um camião de ajuda. A situação humanitária na Faixa de Gaza atingiu um ponto crítico, exemplificado pelo capotamento de um camião de ajuda humanitária numa estrada bombardeada que resultou na morte de 20 pessoas e deixou dezenas de feridos. As autoridades locais acusam Israel de forçar os veículos de ajuda a usar rotas inseguras, onde se concentram multidões famintas, o que potencia pilhagens.
O acidente ocorreu horas após um apelo da ONU por maior acesso humanitário.
Organizações internacionais alertam para uma emergência alimentar crescente, com o major-general Agostinho Costa a descrever o povo palestiniano como "cadavérico".
Em contrapartida, Israel nega a falta de alimentos, acusa o Hamas de manipular as imagens que chegam do território e impede a entrada de jornalistas.
Paralelamente à crise humanitária, o governo israelita, liderado por Benjamin Netanyahu, pondera avançar com uma ocupação militar total da Faixa de Gaza.
Embora a decisão tenha sido adiada, a tendência aponta para a sua aprovação.
No entanto, o plano enfrenta a oposição do chefe das forças armadas israelitas, Eyal Zamir.
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a decisão sobre a ocupação cabe a Israel, sublinhando que o seu foco está em alimentar a população de Gaza e mencionando uma recente doação norte-americana de 60 milhões de dólares para esse fim. A situação dos cerca de 50 reféns israelitas que permanecem detidos pelo Hamas, dos quais apenas 20 se acredita estarem vivos, continua a ser uma grande preocupação. O Hamas divulgou vídeos de propaganda que mostram reféns em estado debilitado, como Evyatar David, imagens que Trump descreveu como "horríveis".
O Comité Internacional da Cruz Vermelha declarou-se pronto a prestar assistência aos reféns assim que for alcançado um acordo entre Israel e o Hamas.
O conflito, que se iniciou com os ataques do Hamas a 7 de outubro de 2023, já resultou em mais de 61 mil mortos em Gaza, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, e na destruição da maioria das infraestruturas.
Artigos
35


































Mundo
Ver mais
"Sofrimento". Espanha condena firmemente decisão de Israel ocupar Gaza
O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, condenou hoje firmemente a decisão do Governo israelita de ocupar a cidade de Gaza, sublinhando que a medida só irá causar "mais destruição e sofrimento".

Cidade de Gaza ou toda a Faixa de Gaza? Eis o que se sabe do plano
O gabinete de segurança de Israel, órgão que decide sobre a ofensiva na Faixa de Gaza, aprovou hoje um plano que inclui a ocupação militar da cidade de Gaza, no norte do território palestiniano.

Países Baixos suspendem exportação de peças militares para Israel
O Governo dos Países Baixos revogou três licenças que tinha concedido para a exportação de peças de navios militares para Israel devido ao "risco de utilização final não intencional" em bombardeamentos israelitas de Gaza, foi hoje anunciado.

Desentendimento em concerto faz um morto e vários feridos em Bogotá
Vários vídeos dos confrontos foram partilhados nas redes sociais, onde é possível ver a confusão gerada e o motivo pelo qual o concerto acabou por ser cancelado.