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Mundo Sexta-feira, Agosto 8

O plano de Netanyahu para uma “ocupação total” da Faixa de Gaza que pode durar entre quatro e cinco meses

A Faixa de Gaza enfrenta uma crise multifacetada, marcada pela iminência de uma ocupação militar total por Israel e por uma catástrofe humanitária agravada por um acidente fatal com um camião de ajuda.
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A Faixa de Gaza enfrenta uma crise multifacetada, marcada pela iminência de uma ocupação militar total por Israel e por uma catástrofe humanitária agravada por um acidente fatal com um camião de ajuda. A situação humanitária na Faixa de Gaza atingiu um ponto crítico, exemplificado pelo capotamento de um camião de ajuda humanitária numa estrada bombardeada que resultou na morte de 20 pessoas e deixou dezenas de feridos. As autoridades locais acusam Israel de forçar os veículos de ajuda a usar rotas inseguras, onde se concentram multidões famintas, o que potencia pilhagens.

O acidente ocorreu horas após um apelo da ONU por maior acesso humanitário.

Organizações internacionais alertam para uma emergência alimentar crescente, com o major-general Agostinho Costa a descrever o povo palestiniano como "cadavérico".

Em contrapartida, Israel nega a falta de alimentos, acusa o Hamas de manipular as imagens que chegam do território e impede a entrada de jornalistas.

Paralelamente à crise humanitária, o governo israelita, liderado por Benjamin Netanyahu, pondera avançar com uma ocupação militar total da Faixa de Gaza.

Embora a decisão tenha sido adiada, a tendência aponta para a sua aprovação.

No entanto, o plano enfrenta a oposição do chefe das forças armadas israelitas, Eyal Zamir.

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a decisão sobre a ocupação cabe a Israel, sublinhando que o seu foco está em alimentar a população de Gaza e mencionando uma recente doação norte-americana de 60 milhões de dólares para esse fim. A situação dos cerca de 50 reféns israelitas que permanecem detidos pelo Hamas, dos quais apenas 20 se acredita estarem vivos, continua a ser uma grande preocupação. O Hamas divulgou vídeos de propaganda que mostram reféns em estado debilitado, como Evyatar David, imagens que Trump descreveu como "horríveis".

O Comité Internacional da Cruz Vermelha declarou-se pronto a prestar assistência aos reféns assim que for alcançado um acordo entre Israel e o Hamas.

O conflito, que se iniciou com os ataques do Hamas a 7 de outubro de 2023, já resultou em mais de 61 mil mortos em Gaza, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, e na destruição da maioria das infraestruturas.

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