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Defesa de Bolsonaro nega pedido de asilo à Argentina

A defesa do ex-Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, nega um pedido de asilo à Argentina, após a Polícia Federal ter encontrado no seu telemóvel um documento que indiciava uma possível fuga e o ter indiciado por obstrução à justiça.
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Jair Bolsonaro e o seu filho, Eduardo Bolsonaro, foram indiciados pela Polícia Federal brasileira pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado democrático de direito.

A defesa do ex-Presidente manifestou "surpresa" com a indiciação e negou as acusações, afirmando que todas as medidas cautelares impostas anteriormente foram cumpridas.

A investigação que levou à indiciação revelou a existência de um documento de 33 páginas no telemóvel de Jair Bolsonaro. O texto, sem data nem assinatura, era um pedido de asilo político dirigido ao Presidente argentino, Javier Milei, no qual Bolsonaro alegava ser vítima de perseguição política no Brasil. Segundo a polícia, o documento encontrava-se no aparelho desde 2024 e poderia ser utilizado para facilitar uma fuga do país, especialmente após o início das investigações por tentativa de golpe de Estado. O juiz do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a defesa preste esclarecimentos sobre o risco de fuga e o incumprimento de medidas cautelares no prazo de 48 horas. O advogado de defesa, Paulo Cunha Bueno, afirmou que a proposta de asilo na Argentina foi recebida "há mais de um ano e meio", mas que o ex-Presidente "não aceitou". Esta versão contraria o relatório da Polícia Federal, que considera o documento uma prova de que Bolsonaro se preparava para fugir. As conclusões da investigação apontam ainda que Jair e Eduardo Bolsonaro procuraram "induzir, instigar e ajudar" o governo de Donald Trump a "praticar atos hostis contra o Brasil", com o objetivo de arquivar o processo de golpe de Estado. O ex-Presidente enfrenta um julgamento com início a 2 de setembro, sob a acusação de liderar uma conspiração para se manter no poder após a derrota nas eleições de 2022, arriscando uma pena superior a 40 anos de prisão.

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