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Qatar pede a Israel resposta rápida à proposta de cessar-fogo do Hamas

O ministro da Defesa israelita aprovou planos para uma ofensiva militar na cidade de Gaza, numa altura em que se intensificam os apelos internacionais para que Israel responda a uma proposta de cessar-fogo já aceite pelo Hamas.
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O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, deu luz verde aos planos do exército para ocupar a cidade de Gaza. A operação prevê a convocação de mais de 60.000 reservistas e o prolongamento do serviço de outros 70.000, além da retirada de cerca de um milhão de pessoas da cidade, muitas já deslocadas de outras zonas. A decisão de estender a ofensiva, aprovada pelo governo de Benjamin Netanyahu há quase duas semanas, enfrenta a oposição do próprio exército israelita, que teme pela segurança dos reféns ainda detidos no enclave.

Paralelamente aos preparativos militares, prosseguem os esforços diplomáticos.

O Hamas aceitou uma proposta mediada pelo Egito, Qatar e Estados Unidos, que agora aguardam uma resposta formal de Israel. O Qatar instou Israel a responder rapidamente, descrevendo a proposta como a "melhor opção possível" para evitar uma catástrofe humanitária ainda maior.

O plano prevê uma trégua de 60 dias, o aumento da ajuda humanitária e a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos. Contudo, Israel insiste na libertação simultânea de todos os 20 reféns vivos, uma condição diferente da proposta aceite pelo Hamas, e mantém as exigências de desarmamento do grupo e controlo israelita sobre a Faixa de Gaza para pôr fim à guerra.

A situação humanitária no enclave é descrita como "catastrófica".

A guerra, iniciada após o ataque do Hamas em outubro de 2023, já causou mais de 62.000 mortos, segundo as autoridades locais. A ONU declarou uma crise de fome severa, afetando mais de 2,1 milhões de pessoas. O Egito tem enviado camiões com ajuda, mas considera a quantidade insuficiente, acusando Israel de "intransigência".

A crise afeta também os trabalhadores humanitários, com a Cáritas International a denunciar os "perigos sem precedentes" que enfrentam e a apelar a uma maior proteção, recordando que 128 foram mortos em todo o mundo nos primeiros cinco meses de 2025.

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