Escalada Aérea: Ataques Massivos de Drones e Mísseis Intensificam Conflito Russo-Ucraniano

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia intensificou-se com ataques aéreos massivos de ambos os lados, visando infraestruturas energéticas e portuárias cruciais e estendendo a zona de confronto ao Mar Negro, com impacto em navios civis.

A Rússia lançou uma ofensiva em larga escala contra a Ucrânia, utilizando mais de 450 drones de ataque e 30 mísseis, segundo o presidente Volodymyr Zelensky.

Os ataques visaram principalmente o setor energético ucraniano, com especial incidência no sul do país e na região de Odessa.

As consequências foram severas, resultando em pelo menos três mortos, múltiplos feridos e deixando mais de um milhão de residências sem eletricidade e água em diversas regiões, incluindo Kirovogrado, Mykoláiv, Odessa, Sumi e Kharkiv. Em resposta, Zelensky reiterou o apelo aos parceiros internacionais para o reforço das defesas antiaéreas e o fornecimento de mísseis de longo alcance.

Por sua vez, a Ucrânia também realizou ataques em território russo.

O Ministério da Defesa russo afirmou ter abatido 141 drones ucranianos durante a noite em várias regiões, como Briansk, Rostov, Kaluga e Crimeia.

Estes ataques tiveram consequências no terreno, com a queda de fragmentos de um drone a provocar um incêndio numa refinaria em Volgogrado, levando à evacuação de residentes. Foi também noticiado um ataque não confirmado oficialmente a uma refinaria na região de Yaroslavl. Além disso, um ataque de drones ucranianos na cidade russa de Saratov resultou na morte de duas pessoas. O conflito estendeu-se também ao Mar Negro, onde a Ucrânia acusou a Rússia de atingir um navio cargueiro turco, de nome VIVA, que transportava óleo de girassol. O incidente, que não causou feridos, ocorreu na Zona Económica Exclusiva da Ucrânia, um dia após outro navio turco ter sido danificado perto do porto de Odessa.

A situação levou o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, a alertar para o risco de o Mar Negro se transformar numa "zona de confronto". O governo turco expressou a sua preocupação aos embaixadores da Ucrânia e da Rússia, sublinhando o desejo de não ver a região tornar-se um campo de batalha.