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Tempo Instável no Minho: Entre a Bonança Temporária e o Regresso da Chuva Intensa

Após uma madrugada de tempestade, a região do Minho terá uma breve pausa na chuva e no vento, mas as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) apontam para o regresso da precipitação intensa já no fim de semana.
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A previsão meteorológica para a região do Minho indica um período de instabilidade, marcado por uma curta bonança após a tempestade de chuva e vento que se fez sentir na última noite e madrugada. Para esta quinta-feira, espera-se um despertar mais sereno, com a possibilidade de alguns raios de sol durante a manhã.

Contudo, a partir da tarde, o céu voltará a ficar encoberto, antecipando o regresso da chuva para o início da noite.

Os distritos de Braga e Viana do Castelo estiveram sob aviso amarelo devido ao mau tempo.

As tréguas da chuva serão curtas.

A depressão Benjamim continuará a influenciar o estado do tempo, trazendo mais precipitação.

Na sexta-feira, a chuva deverá fazer uma pausa durante o dia, regressando apenas à noite.

O dia de sábado será o mais afetado, com previsão de chuva intensa e persistente. A melhoria chegará no domingo, com a previsão de céu pouco nublado e uma ligeira subida das temperaturas máximas, à medida que o sistema frontal se desloca para a região Sul do país. As temperaturas no Minho mantêm-se outonais, com as máximas a rondar os 20°C e as mínimas a descer para os 10°C.

Numa perspetiva mais alargada, o IPMA prevê que o sol brilhe no Alto Minho entre o próximo sábado e quarta-feira, mas a chuva deverá regressar no final do mês, perspetivando-se um início de novembro chuvoso.

A nível nacional, as temperaturas mínimas previstas variam entre os 11°C em Bragança e os 18°C em Faro, enquanto as máximas oscilam entre os 18°C na Guarda e os 27°C em Évora, Beja e Faro.

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A excessiva extração de água reduziu a capacidade de armazenamento do aquífero de Alcácer do Sal

Monocultura, golfe e turismo são apontados como as maiores pressões sobre os recursos hídricos. Os dados do programa europeu Copernicus revelam que, com a escassez de águas subterrâneas, o solo da região tem vindo a abater.A pressão sobre os recursos hídricos, combinado com os efeitos das alterações climáticas estão a esgotar a capacidade de armazenamento de água do aquífero de Alcácer do Sal. Foto: Vitor Oliveira de Torres Vedras, PORTUGAL, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia CommonsOs dados geoespaciais do programa europeu Copernicus, que monitoriza os meios terrestres e marinhos, bem como a atmosfera e as alterações climáticas da Terra, revelam que o solo da região litoral de Alcácer do Sal e de Grândola, no Baixo Alentejo, têm vindo a abater vários centímetros ao longo dos últimos cinco anos.O Copernicus é um sistema de observação da Terra composto por uma frota de satélites europeus Sentinel e instrumentos in-situ – no solo, mar e ar –que recolhem e disponibilizam dados gratuitos usados para monitorizar o meio ambiente.O evento não é propriamente uma novidade, uma vez que os estudos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) já vinham alertando para os perigos do uso excessivo de águas subterrâneas na região, que poderiam resultar em rebaixamentos do solo.A agricultura intensiva é, juntamente com os empreendimentos turísticos, apontada como uma das causas para a escassez de águas subterrâneas em Alcácer do Sal. Foto: Matthias Oben via PexelsO fenómeno, confirmado agora pelas imagens de satélite em alta-resolução e instrumentos de medição do programa Copernicus, ocorre em toda a região onde se encontra a formação geológica subterrânea. O peso da urbanização e da agricultura intensivaO abatimento dos terrenos assume particular gravidade nos locais onde foram construídos campos de golfe, unidades hoteleiras e vastas extensões de agricultura intensiva, como são os casos das plantações de abacates e de citrinos.Artigo relacionadoCom que rapidez as águas subterrâneas são recarregadas? A resposta permitirá uma gestão mais sustentávelO aquífero da margem esquerda de Alcácer do Sal, também denominado de T3, é um sistema que abrange os municípios de Alcácer do Sal e de Grândola, fazendo parte de uma grande unidade hidrogeológica ligada à Bacia do Tejo-Sado. A sua recarga é feita por infiltração direta, quer da precipitação, quer a partir de cursos de água, na parte mais elevada do seu percurso na bacia. Portugal Continental tem 62 sistemas aquíferos agrupados em quatro unidades hidrogeológicas: Maciço Antigo, Orla Ocidental, Orla Meridional e Bacia do Tejo-Sado. O aumento da pressão sobre os recursos hídricos, combinado com os efeitos das alterações climáticas são, portanto, os fatores que mais contribuem para esgotar a capacidade de armazenamento de água do aquífero.Artigo relacionadoOs eco-solos têm o efeito de uma esponja! Boas notícias para as águas subterrâneas!O que está a acontecer, na prática, é uma extração de água superior àquela que entra no aquífero. Como resultado, os espaços antes preenchidos por água, abateram num efeito em cadeia, originando depressões na superfície do solo.Perdas de reservas de água superiores à recarga naturalA região da Bacia do Tejo-Sado possui um dos sistemas aquíferos mais importantes do país, com uma produtividade superior a 30 litros por segundo. Mas, segundo a Associação de Agricultores de Alcácer do Sal, o aquífero da margem esquerda de Alcácer do Sal já perdeu, nas últimas duas décadas, 50% das reservas de água, passando de 60 hm3 para 30 hm3.O consumo anual, de acordo com a associação, já ultrapassa a recarga natural, com um défice de 3 hm³/ano, com as perdas anuais a duplicarem nos últimos cinco anos.O açude de Murta é um spot de biodiversidade, mas o uso insustentável das águas subterrâneas pode colocá-lo em risco. Foto: GEOTAAs consequências são já visíveis a olho nu, advertem as associações ambientalistas, com a lagoa de Melides e o açude de Murta em risco, bem como poços e furos contaminados com água salobra.O açude de Vale dos Coelheiros, em Grândola, é apontado como o melhor exemplo para ilustrar o impacto que os usos excessivos das águas subterrâneas têm provocado na região. Segundo um recente estudo realizado pelo geólogo e hidrogeólogo Jorge Duque, do Gabinete de Planeamento e Gestão do Território (GGT), o reservatório tinha um volume de cerca de 3,5 hectómetros, que desapareceu em pouco mais de três anos, em 2023.O declínio de pinheiros-mansos e sobreirosNum território que até 2015 estava coberto de povoamentos de pinheiro-manso e montado de sobro, crescem agora as explorações agrícolas de elevada exigência hídrica e empreendimentos turísticos. Das cinco fábricas de produção de pinha restam duas, que ainda resistem à escassez de matérias-primas, enquanto a cortiça tem registado um decréscimo na quantidade e qualidade.Artigo relacionadoDesafios globais: as águas subterrâneas estão em risco, mas gestão pode reverter esta tendênciaÉ o futuro da agricultura da região que está em risco, adverte a Associação de Agricultores de Alcácer do Sal, mas o colapso do aquífero pode ter também consequências ainda mais severas, tendo em conta que Alcácer do Sal, Grândola, Sines e Santiago do Cacém dependem totalmente deste sistema hídrico para abastecer a população com água potável.Referências da notíciaRecursos hídricos em risco. Especialistas alertam para extração excessiva. Programa A Prova dos Factos. RTP1Açude da Murta corre o sério risco de secar – Grupo de Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA)Jorge Duque. Estudo hidrogeológico e climático-hidrológico do prédio 54 e envolvente ao açude de vale de coelheiros, em muda (Grândola). Gabinete de Planeamento e Gestão do Território, Lda (GGT) O Aquífero de Alcácer do Sal (Margem Esquerda), fonte de vida para a nossa agricultura, está em colapso. Associação de Agricultores de Alcácer do Sal

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