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Siemens Gamesa Encerra em Oliveira de Frades, Ampliando a Reestruturação no Setor Eólico em Portugal

A Siemens Gamesa vai encerrar a sua unidade de reparação de pás eólicas em Oliveira de Frades, Viseu, uma decisão que implica o despedimento de cerca de 100 trabalhadores e sucede a uma reestruturação anterior na fábrica de Vagos.
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A Siemens Gamesa anunciou o encerramento das suas instalações de reparação de pás eólicas em Oliveira de Frades, no distrito de Viseu, o que resultará no despedimento de cerca de 100 trabalhadores. A decisão foi justificada por uma fonte oficial da Siemens Energy com a ausência de carga de trabalho prevista para os próximos anos, inserindo-se num esforço da empresa para garantir a competitividade a longo prazo e regressar à rentabilidade.

A multinacional, que opera num 'ambiente de mercado muito dinâmico', está constantemente a avaliar a sua presença fabril.

Este encerramento ocorre menos de um ano após a Siemens Gamesa ter efetuado um despedimento coletivo de 222 trabalhadores na sua fábrica de Vagos, em Aveiro, em janeiro. Naquela altura, a empresa tinha garantido que a unidade de Oliveira de Frades não seria afetada pela reestruturação, que visava adaptar a capacidade de produção à paragem das vendas de certas turbinas 'onshore'.

A justificação para a redução em Vagos foi, tal como agora, uma diminuição significativa no plano de trabalho. Para mitigar o impacto da decisão em Oliveira de Frades, a Siemens Gamesa comprometeu-se a minimizar as consequências para os seus funcionários, afirmando que 'aproximadamente metade' receberá uma oferta de transferência para outras unidades da empresa. Os restantes trabalhadores, principalmente da área da produção, enfrentarão o despedimento, enquanto os funcionários da manutenção e administração permanecem, para já, sem perspetivas de continuidade. O presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, João Valério, lamentou a decisão, que considerou 'um dano económico e social'.

Embora surpreendido, admitiu que o fecho já era 'um bocadinho anunciado' após os acontecimentos em Aveiro.

O autarca informou que a câmara está a articular com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para apoiar os trabalhadores. Reconheceu ainda que existe carência de mão de obra na zona industrial e que alguns empresários locais já manifestaram interesse em contratar parte dos funcionários dispensados. Algumas fontes indicam que a autarquia e os sindicatos acusam a empresa de má gestão.

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