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Crise no PAN: Desfiliação em Massa Expõe Fraturas Ideológicas e Acusações à Liderança

Mais de trinta militantes do PAN, incluindo figuras históricas e antigos dirigentes, anunciaram a sua desfiliação conjunta do partido, alegando uma profunda desilusão com o desvio ideológico e a falta de democracia interna sob a atual liderança.
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Num ato simbólico realizado no Dia Mundial do Veganismo, mais de trinta militantes do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) formalizaram a sua saída coletiva.

Entre os desfiliados encontram-se figuras proeminentes e com um longo historial no partido, como a antiga deputada Bebiana Cunha, o ex-presidente do Conselho de Jurisdição Nacional, Miguel Queirós, o ex-dirigente nacional Nuno Pires e a antiga cabeça de lista pelo Porto, Anabela Castro.

A principal razão apontada para a desfiliação é a "desilusão" com a trajetória do partido.

Os ex-militantes acusam a atual direção de se ter desviado dos valores fundacionais, perdendo a coerência ideológica.

Bebiana Cunha, voluntária no partido desde 2011, afirmou que o PAN "desvirtuou o seu ideário" ao privilegiar a "quantidade em detrimento da qualidade" e ao abandonar uma "ecologia profunda" por uma "ecologia de superfície".

As críticas estendem-se à falta de democracia interna e à ausência de autorreflexão e autocrítica por parte da liderança face à perda de eleitorado e representatividade. As críticas visam diretamente a liderança de Inês Sousa Real, eleita porta-voz em 2023.

Os dissidentes apontam que, desde a sua eleição, vários membros têm saído gradualmente.

Um dos pontos de maior contestação é o adiamento do congresso eletivo, que, segundo os estatutos, deveria ter ocorrido em maio de 2025, o que coloca o partido numa situação de irregularidade. Esta ação coletiva surge na sequência de uma carta aberta divulgada em julho, na qual 35 signatários já alertavam para a necessidade de uma avaliação da direção. Em resposta, a direção do PAN minimizou o impacto das saídas, afirmando que se trata da "formalização de desligamentos pessoais" de militantes que já se encontravam "afastados da vida ativa do partido há vários meses e anos".

A liderança acusou ainda algumas destas pessoas de terem violado os estatutos ao apoiarem outros partidos em eleições recentes, considerando a sua saída o "encerramento natural de um ciclo".

O partido contrapõe, afirmando que tem registado um aumento constante no número de novas filiações.

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