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Crise na Arbitragem Turca: Escândalo de Apostas Leva a Detenções e Abala o Futebol

As autoridades turcas detiveram dezoito indivíduos, incluindo árbitros e um presidente de um clube, no âmbito de uma vasta investigação sobre um escândalo de apostas ilegais que abala a integridade do futebol no país.
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O Ministério Público da Turquia anunciou a detenção de 18 pessoas como parte de uma investigação a um esquema de apostas ilegais envolvendo árbitros de futebol. Foram emitidos um total de 21 mandados de detenção, visando 17 árbitros e o presidente de um clube da primeira divisão turca. As operações coordenadas decorreram em Istambul e noutras 11 províncias, com os suspeitos a serem interrogados por acusações de "abuso de poder" e "influência no resultado de uma partida".

Entre os interrogados no âmbito da investigação estão Murat Ozkaya, presidente do Eyupspor, clube da Superliga turca, e Fatih Sarac, antigo proprietário do Kasimpasa.

Não foi especificado quantos dos 18 detidos são árbitros.

Este escândalo surge na sequência de ações disciplinares severas por parte da Federação de Futebol da Turquia, que a 31 de outubro suspendeu 149 árbitros por violarem a proibição de participar em apostas desportivas.

O presidente da federação, Ibrahim Haciosmanoglu, afirmou que quem "manchar essa honra (...) nunca mais participará no futebol turco".

As suspensões, que variam entre oito e doze meses, foram o resultado de uma investigação interna que abrangeu 571 árbitros das ligas profissionais.

O inquérito revelou que 371 possuíam contas em plataformas de apostas e 152 apostavam ativamente.

Vinte e dois dos árbitros implicados, sendo sete principais e quinze assistentes, atuam na primeira divisão.

Os dados revelaram uma atividade de apostas intensa: dez dos profissionais identificados realizaram mais de 10 mil apostas cada, com um indivíduo a atingir um total de 18.227 apostas. Outros 42 árbitros apostaram, cada um, em mais de mil jogos. A federação não especificou, contudo, se algum dos suspensos é suspeito de ter apostado em partidas que dirigiu, uma infração considerada ainda mais grave.

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