Impasse Territorial Bloqueia Negociações de Paz para a Ucrânia



As negociações para alcançar a paz na Ucrânia, mediadas pelos Estados Unidos, enfrentam um impasse significativo, sendo a questão territorial o ponto mais problemático.
Segundo um alto responsável próximo do processo, o Presidente russo, Vladimir Putin, não está disposto a concluir um acordo sem ganhos territoriais, exigindo o controlo total da região do Donbas, uma pretensão que Kiev tem rejeitado repetidamente.
Washington apresentou uma proposta de paz inicial com 28 pontos que foi considerada pela Ucrânia e pela União Europeia como favorável a Moscovo.
O plano previa o reconhecimento da soberania russa sobre o Donbas e a Crimeia (anexada em 2014), a redução do exército ucraniano para 600.000 efetivos e a renúncia de Kiev à sua aspiração de aderir à NATO, inscrita na sua Constituição. Após críticas, o documento foi alterado em sessões de negociações em Genebra e na Flórida, na tentativa de o tornar mais favorável à Ucrânia.
O plano revisto foi apresentado a Putin pelo enviado presidencial norte-americano, Steve Witkoff, e pelo mediador Jared Kushner.
No entanto, as mais recentes rondas de negociações entre autoridades ucranianas e norte-americanas na Flórida não resultaram em avanços significativos.
Apesar da pressão de Washington por um acordo rápido, Kiev insiste que "não pode aceitar tudo sem examinar os detalhes".
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu continuar a negociar em busca de uma "verdadeira paz", mesmo enquanto a Rússia prossegue com ataques. A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, criticou o plano inicial da Casa Branca e acusou a Rússia de "gozar com a diplomacia". Von der Leyen defendeu uma proposta europeia para um "empréstimo de reparações", descrevendo-a como complexa, mas destinada a aumentar os custos da guerra para a Rússia.
Outros pontos de discórdia nas negociações incluem as garantias de segurança e as reparações russas no pós-guerra.



















