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Direção da ACE demite-se após virem a público denúncias contra António Capelo

A direção da ACE – Escola de Artes, com polos no Porto e em Famalicão, demitiu-se após a divulgação de testemunhos que denunciam alegados casos de abuso por parte de professores ao longo de vários anos. O ator António Capelo é um dos principais visados, mas nega veementemente as acusações.
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A direção da ACE – Escola de Artes apresentou a sua demissão na sequência de uma vaga de denúncias públicas sobre um alegado clima de intimidação, abusos e humilhação na instituição. Os testemunhos, partilhados por alunos e ex-alunos em páginas de redes sociais como “Mais um casting” e “Não tenhas medo”, apontam para abordagens impróprias por parte de professores ao longo de vários anos. Um dos principais visados nas denúncias é o ator António Capelo, de 69 anos, que lecionou na escola até 2022. Para além dos relatos online, o partido Bloco de Esquerda (BE) comunicou ter recebido uma denúncia presencial de um antigo aluno sobre “atos muito graves” cometidos pelo ator, alegadamente ocorridos há mais de uma década.

Contactado pela agência Lusa, António Capelo rejeitou categoricamente as acusações, classificando-as como uma “cabala” e um processo “medonho”.

O ator afirmou que irá defender a sua honra em tribunal e que já apresentou uma queixa-crime no Ministério Público contra uma página anónima do Instagram.

Capelo admitiu ter convidado alunos para sua casa, mas justificou que foi para lhes dar apoio, como emprestar livros ou oferecer alojamento a quem precisava.

A direção demissionária justificou a decisão com a necessidade de garantir “serenidade, estabilidade e a proteção da missão e dos valores” da escola. A instituição, fundada em 1990, confirmou que António Capelo se reformou como professor em 2022 e que se demitiu do cargo de diretor não executivo da cooperativa ACE a 5 de setembro, para proteger a imagem da escola. Foi também revelado que, em julho, um outro professor do polo de Famalicão cessou o seu vínculo laboral em abril de 2025, após denúncias de assédio. A escola criou um Canal de Denúncia em janeiro, mas até à data não recebeu qualquer queixa através dessa via.

A Procuradoria-Geral da República informou não ter recebido denúncias relativas ao ator.

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