Partido Popular vence eleições na Extremadura com PSOE a sofrer derrota histórica e extrema-direita a duplicar votação



O Partido Popular (PP) foi o vencedor das eleições antecipadas na Extremadura este domingo, obtendo, com mais de 91% dos votos apurados, 42,96% da preferência e 29 deputados.
O resultado representa a eleição de mais um deputado face ao escrutínio anterior, mas fica aquém dos 33 necessários para uma maioria absoluta. Em contrapartida, o Partido Socialista (PSOE) sofreu o seu pior resultado de sempre na região, caindo para 25,87% e 18 deputados, uma perda de cerca de 14 pontos percentuais e dez mandatos em comparação com maio de 2023.
A região era considerada um bastião socialista, tendo sido governada pelo PSOE em nove das 11 legislaturas autonómicas.
O grande destaque do sufrágio foi o crescimento do Vox, partido de extrema-direita, que duplicou a sua representação ao alcançar 17% dos votos e 11 deputados, face aos 8,13% e cinco deputados de 2023. A coligação de esquerda Unidas pela Extremadura também cresceu, elegendo sete deputados com 10,22% dos votos.
Com este resultado, a direita e a extrema-direita atingem a sua maior representação de sempre no parlamento regional.
A presidente do governo autonómico, María Guardiola (PP), que convocou as eleições após o chumbo do seu orçamento para 2026, terá agora de negociar novamente com o Vox para garantir a governação. Estas eleições foram vistas como um barómetro para a política nacional espanhola, marcando o início de um novo ciclo eleitoral que antecede outras eleições autonómicas e as legislativas de 2027.
A forte presença de líderes nacionais durante a campanha, incluindo o primeiro-ministro Pedro Sánchez, sublinhou a importância do ato eleitoral, visto pela oposição como "o início do fim do sanchismo". A derrota do PSOE ocorre num momento de fragilidade para o partido a nível nacional, abalado por suspeitas de corrupção e outros casos judiciais. Um destes processos tem epicentro na própria Extremadura, onde o candidato socialista, Miguel Ángel Gallardo, será julgado em maio de 2026, juntamente com o irmão do primeiro-ministro, David Sánchez, por tráfico de influências.










