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Deserto de Notícias: O Interior de Portugal em Risco de Ficar sem Imprensa

A empresa de distribuição VASP anunciou a suspensão da entrega diária de jornais e revistas em oito distritos do interior do país a partir do início de 2026, uma decisão que ameaça o acesso à informação para uma parte significativa da população e levanta sérias questões sobre a coesão territorial.
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A partir de 2 de janeiro de 2026, a VASP – Distribuição e Logística, S.A. deixará de garantir a distribuição diária de imprensa em oito distritos do interior de Portugal: Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança. A empresa, detida pelo grupo Bel de Marco Galinha, justifica a decisão com uma “situação financeira particularmente exigente”, que resulta da “continuada quebra das vendas de imprensa e do aumento significativo dos custos operacionais”.

Esta medida poderá afetar entre mil a dois mil pontos de venda na região.

A decisão é vista como uma ameaça a um direito fundamental consagrado na Constituição da República Portuguesa, o acesso à informação, e um risco para a democracia.

Carlos Rodrigues, diretor do Correio da Manhã, alerta que a ausência de jornais e revistas pode comprometer a cultura, a coesão nacional e a qualidade da democracia, aumentando o perigo da propagação de notícias falsas (“fake news”) e fomentando extremismos, como observado noutros países. A própria VASP, em comunicado, reconhece que a medida limita um “pilar essencial da democracia”.

A empresa distribuidora afirma que há muito tempo tem vindo a sinalizar “a necessidade de uma decisão estrutural por parte dos decisores públicos” para apoiar a distribuição de imprensa, algo que “continua por concretizar-se”. Já em setembro, Marco Galinha havia alertado para a “grande fragilidade” da empresa e para a possibilidade de ter de parar a distribuição no Interior caso o Governo não adotasse medidas. Recorda-se que o anterior executivo apresentou um Plano de Ação para a Comunicação Social que previa apoios à distribuição em zonas de baixa densidade, mas os responsáveis dos principais grupos de comunicação queixam-se de que o processo parou com o atual Governo, tendo já solicitado uma reunião urgente com o novo ministro da tutela, António Leitão Amaro.

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