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Dois membros da Fed próximos de Trump votam contra manter taxas em julho

A recente decisão da Reserva Federal dos EUA de manter as taxas de juro inalteradas revela uma divisão interna e intensifica o debate sobre a independência do banco central face à pressão da Casa Branca.
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Na sua reunião de julho, a Reserva Federal (Fed) dos EUA optou por manter a sua taxa de juro de referência no intervalo entre 4,25% e 4,5%, apesar da pressão da administração de Donald Trump por um corte. A decisão, no entanto, não foi unânime, expondo uma fratura no seio do Conselho de Governadores.

De acordo com as atas da reunião, os governadores Michelle Bowman e Christopher Waller, ambos descritos como próximos do Governo Trump, votaram contra a manutenção das taxas. Os dois membros defendiam uma redução de um quarto de ponto percentual, alinhando-se com os desejos expressos pela Casa Branca, que tem pressionado o presidente da Fed, Jerome Powell, a adotar uma política monetária mais expansionista para estimular a economia.

Esta situação levanta preocupações sobre a autonomia da instituição.

O economista Marlon Francisco adverte para o risco de uma "erosão da Fed" quando as suas decisões são questionadas, o que poderia "criar problemas não só na própria Fed, mas também nos efeitos práticos nas bolsas ou na própria economia". As atenções estão agora centradas no simpósio anual da Fed em Jackson Hole, onde se aguarda o discurso de Jerome Powell na sexta-feira.

Os analistas esperam que Powell dê indicações sobre os próximos passos da política monetária.

A próxima reunião do banco central está agendada para 16 e 17 de setembro, e os analistas antecipam a possibilidade de um corte nos juros nessa altura.

A informação de que o governo dos EUA tem 11 candidatos para liderar a Fed também foi mencionada.

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