
Protestos em Marrocos por reformas sociais e económicas



Milhares de pessoas manifestaram-se em mais de uma dezena de cidades marroquinas, naquela que é a maior mobilização no país desde os protestos na região do Rif entre 2016 e 2017. As manifestações, convocadas através das redes sociais por grupos apartidários como "GenZ 212" e "Morocco Youth Voice", apelavam a protestos "pacíficos e civilizados" para exigir reformas nos setores da educação e da saúde, criticando as verbas governamentais atribuídas a eventos desportivos, como o Mundial de Futebol de 2030, em detrimento dos serviços públicos. As reivindicações dos manifestantes centram-se na melhoria da qualidade do ensino, na formação e nas condições laborais dos professores, bem como na universalização da cobertura de saúde, modernização de hospitais e acesso a medicamentos a preços acessíveis.
Para além disso, os jovens exigem o combate à corrupção a todos os níveis, justiça social e económica, igualdade de oportunidades, criação de emprego e apoio a pequenas empresas. Contudo, os protestos, que começaram no fim de semana, escalaram para confrontos violentos.
Segundo as autoridades, alguns manifestantes recorreram ao uso de armas brancas, 'cocktails molotov' e pedras, resultando em saques e vandalismo de repartições públicas, estabelecimentos comerciais e veículos.
O balanço oficial aponta para 409 detidos e 286 feridos, dos quais 263 são elementos das forças de segurança e 23 são manifestantes.
O ponto mais grave dos confrontos ocorreu na noite de quarta-feira, 1 de outubro de 2025, em Laqliaa, na prefeitura de Inezgan-Ait Melloul, onde duas pessoas morreram durante um ataque a uma esquadra da polícia. De acordo com a versão das autoridades, os agentes "foram obrigados a usar as suas armas de serviço em legítima defesa" para repelir um grupo que tentava apoderar-se de armas e munições.
Os atacantes, que já tinham participado num motim anteriormente disperso com gás lacrimogéneo, terão regressado armados com facas, incendiando um veículo e parte do edifício.
O Ministério Público abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do incidente.
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