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Eucaliptal em Chamas: A Realidade Oculta Pelos Dados Oficiais

A associação ambientalista Quercus denuncia que as estatísticas oficiais ocultam mais de dois terços da área de eucalipto ardida em Portugal, devido a uma falha sistemática na classificação do uso do solo que distorce a perceção do risco e do impacto ambiental dos incêndios.
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A associação ambientalista Quercus denunciou que mais de dois terços da área de eucaliptal ardida em Portugal continental não estão a ser corretamente contabilizados nas estatísticas oficiais. A organização alerta que esta subavaliação, resultante de erros sistemáticos na classificação do uso do solo, compromete a leitura da realidade florestal do país e a avaliação do risco de incêndio. O problema reside na metodologia utilizada pela Direção-Geral do Território (DGT) na produção da Carta de Uso e Ocupação do Solo (COS) e da Carta de Ocupação do Solo Conjuntural (COSc).

Segundo a Quercus, estes documentos, que se baseiam em imagens de satélite do programa europeu Copernicus, classificam vastas áreas de eucaliptal jovem, em regeneração ou em rotação após corte, como “mato”. Esta falha técnica é agravada pelo desfasamento temporal da COS, cuja última atualização data de 2018, e que se reflete na COSc, de periodicidade anual.

Esta distorção estatística ocorre num ano particularmente grave em termos de incêndios.

O 5.º relatório provisório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), publicado em setembro, já apontava o ano corrente como o quarto com maior área ardida desde 1996, totalizando 254.296 hectares.

No entanto, a Quercus sublinha que a verdadeira dimensão do impacto sobre as plantações de eucalipto permanece oculta por detrás destes números oficiais.

Face a esta situação, a Quercus exige a retificação urgente do protocolo de análise para garantir a identificação correta das espécies florestais e uma atualização dos dados mais próxima do tempo real. A associação defende ainda que as plantações de eucalipto e outras espécies de crescimento rápido passem a estar sujeitas a licenciamento obrigatório, com georreferenciação numa plataforma oficial do Estado.

Esta medida permitiria, segundo a organização, uma monitorização transparente e eficaz da ocupação do solo e da evolução do risco de incêndio em Portugal.

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