Elon Musk recupera plano de remuneração de 56 mil milhões de dólares da Tesla após recurso judicial



O Supremo Tribunal do estado do Delaware revogou a anulação do plano de remuneração plurianual de Elon Musk, estimado em 56 mil milhões de dólares (47,8 mil milhões de euros).
A decisão, detalhada num documento de cinquenta páginas, reverte uma sentença anterior que tinha invalidado o pacote salarial, originalmente aprovado pelos acionistas da Tesla em 2018. A batalha legal começou quando um acionista, Richard Tornetta, processou Musk e o conselho de administração da Tesla, alegando que o plano de remuneração era excessivo e indevidamente autorizado. Em janeiro de 2024, a juíza Kathaleen McCormick deu razão ao acionista, anulando o plano.
A juíza considerou que os acionistas tinham recebido informações “erradas” e “enganosas” sobre a independência do conselho de administração antes da votação de 2018, destacando que vários membros tinham relações próximas com Musk há mais de uma década. Em resposta, Musk propôs em junho de 2024, e conseguiu a aprovação dos acionistas, para transferir a sede da Tesla de Delaware para o Texas e para uma nova validação do plano. Contudo, a justiça do Delaware anulou o plano pela segunda vez em dezembro de 2024, o que levou Musk a recorrer para a mais alta instância judicial do estado, que agora lhe deu razão. Este plano prevê a atribuição de ações da Tesla a Musk ao longo de dez anos, em doze tranches, mediante o cumprimento de metas financeiras e operacionais. Adicionalmente, em agosto, a Tesla concedeu-lhe 96 milhões de ações, no valor de cerca de 29 mil milhões de dólares. Foi também aprovado um novo plano para a próxima década que, segundo os artigos, poderá atingir o valor recorde de um bilião de dólares.











