Críticas a Ruben Amorim no Manchester United

O início de época conturbado do Manchester United colocou o treinador português Ruben Amorim sob intensa pressão, com antigas glórias do clube a criticarem abertamente as suas opções táticas e a questionarem o seu futuro em Old Trafford.

O mau arranque de temporada do Manchester United, com apenas duas vitórias em sete jogos oficiais, a eliminação da Taça da Liga e o 14.º lugar na Premier League, intensificou a contestação ao treinador Ruben Amorim.

A recente derrota por 3-1 frente ao Brentford gerou uma onda de críticas por parte de antigos jogadores e da imprensa inglesa, colocando o técnico português numa posição delicada.

Gary Neville, antigo capitão do clube, mostrou-se “muito preocupado” com o nível das exibições e os resultados.

Neville criticou veementemente as opções táticas de Amorim, classificando como “ridículo” e “estúpido” o facto de ter colocado Mason Mount a jogar como lateral esquerdo em duas ocasiões, nomeadamente contra o Grimsby e o Brentford.

O ex-defesa considera a decisão “imperdoável” e suspeita que a hierarquia do United deseje uma mudança no comando técnico.

Outras figuras históricas do clube partilham da mesma opinião.

Wayne Rooney admitiu não ter fé na capacidade de Amorim para reverter a situação, afirmando que “a alma do clube desapareceu” e que não vê nos jogadores personalidade ou “vontade de vencer”. De forma mais direta, Matt Le Tissier declarou que “o tempo de Ruben Amorim no Manchester United chegou ao fim”, argumentando que já lhe foi dado tempo suficiente sem que se vislumbrem “sinais de grandes melhorias”.

Apesar da crescente pressão, a direção do Manchester United, liderada pelo coproprietário Sir Jim Ratcliffe, parece manter o apoio ao técnico português.

Segundo a BBC e o Daily Mail, Ratcliffe considera que Amorim merece tempo para trabalhar com os reforços, nos quais foram investidos 259 milhões de euros, e que uma avaliação justa só deverá ser feita no final da época.

No entanto, a imprensa já avança com potenciais sucessores, sendo Gareth Southgate, antigo selecionador inglês, o nome apontado como preferencial.

Oliver Glasner e Andoni Iraola são outras alternativas mencionadas.

Em defesa do treinador, o defesa Matthijs de Ligt afirmou que a responsabilidade é dos jogadores em campo e que “é sempre fácil olhar para o treinador”. O próximo jogo, em casa contra o Sunderland, é visto como crucial para o futuro de Amorim, cujo despedimento, segundo a imprensa, custaria ao clube cerca de 14 milhões de euros.

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