Afastamento de Sarah Ferguson de ONG após divulgação de e-mail a Jeffrey Epstein

A duquesa de York, Sarah Ferguson, viu-se no centro de uma polémica que resultou no seu afastamento dos conselhos de várias instituições de caridade, incluindo a Julia's House, uma organização de cuidados a crianças com doenças terminais da qual era patrona. A decisão das instituições surgiu após o jornal Mail on Sunday ter revelado o conteúdo de um e-mail enviado pela duquesa a Jeffrey Epstein em 2011.

Na mensagem, Ferguson pedia desculpa a Epstein, a quem se referia como "amigo fiel e supremo", por se ter distanciado publicamente dele.

A duquesa justificou a sua atitude como uma necessidade para salvar a sua carreira de escritora de literatura infantil. O e-mail foi enviado depois de Epstein já se ter declarado culpado, em 2008, num caso de prostituição de uma menor, e numa altura em que Ferguson tinha garantido aos jornalistas ter cortado todos os laços com o bilionário norte-americano. Um representante da duquesa alegou que o e-mail foi escrito sob a ameaça de um processo por difamação por parte de Epstein.

A Julia's House comunicou que, perante as revelações, considerou "inapropriado" manter a relação com Sarah Ferguson.

Este escândalo recorda a polémica em torno do seu ex-marido, o príncipe André, cuja amizade com Epstein o levou a afastar-se dos seus deveres reais em 2019, após ter sido acusado de abuso sexual por Virginia Giuffre.

Especula-se agora que Sarah Ferguson poderá ser igualmente afastada de eventos da família real britânica para proteger a reputação da instituição.

Jeffrey Epstein foi um milionário condenado por crimes sexuais que morreu na prisão em agosto de 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual.