A epopeia de Cobolli e a resiliência italiana rumo à história da Taça Davis



A seleção italiana garantiu a presença na final da Taça Davis pelo terceiro ano consecutivo, defendendo o seu estatuto de bicampeã em casa, na cidade de Bolonha. A equipa transalpina superou a Bélgica na meia-final, tornando-se na primeira nação a alcançar três finais seguidas desde que a Austrália o fez entre 1999 e 2001.
Este feito foi alcançado mesmo com as ausências de dois dos seus principais jogadores, Jannik Sinner e Lorenzo Musetti. A qualificação foi selada através de duas vitórias nos encontros de singulares. No primeiro jogo, Matteo Berrettini venceu Raphael Collignon de forma relativamente tranquila, com os parciais de 6-3 e 6-4.
O ponto decisivo, no entanto, foi conquistado por Flavio Cobolli num encontro dramático e memorável contra Zizou Bergs, que se tornou num dos momentos mais marcantes da competição. O confronto entre Cobolli e Bergs durou mais de três horas e foi decidido num tie-break épico no terceiro set.
O italiano triunfou com os parciais de 6-3, 6-7(5) e 7-6(15), depois de ter salvo sete match points, levando os milhares de adeptos italianos presentes na arena à euforia.
A intensidade e o drama do encontro foram descritos como uma verdadeira ode ao espírito da Taça Davis.
Com a passagem à final assegurada, a Itália procura agora conquistar a sua terceira "saladeira" consecutiva, um feito que não acontece desde a abolição do formato Challenge Round, em 1971.
A equipa anfitriã aguarda agora pelo vencedor da outra meia-final, que será disputada entre a Espanha e a Alemanha, para conhecer o seu adversário na decisão do título.













