menulogo
Notícias Agora
user
Close

Marcelo: “É tempo de reafirmar a esperança, por palavras e mais ainda por atos”

Num apelo à tolerância e à ação, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu a necessidade de reafirmar a esperança por palavras e, sobretudo, por atos, num mundo confrontado com guerras, exclusões e egoísmos.
News ImageNews ImageNews Image

O chefe de Estado discursou este sábado num encontro do Jubileu do “Compromisso com a Cidade”, uma iniciativa organizada pelo Patriarcado de Lisboa na Fundação Calouste Gulbenkian. Perante uma audiência que incluía o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Papa Leão XIV, e responsáveis das áreas da política, justiça e Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que a esperança é essencial em “tempos de desesperança”, caracterizados por guerras, miséria, exploração e desrespeito pela dignidade humana. Marcelo Rebelo de Sousa criticou os tempos atuais, onde “as alegadas razões dos poderes, dos apetites, das vanglórias, valem muito mais do que o poder da razão”. Defendeu que a esperança deve ser um sentimento universal, destinado a todos, especialmente à “maioria esmagadora dos desesperançados”, e não um privilégio de poucos que se consideram “monopolistas do poder, do conhecimento, da posse da natureza”.

O Presidente apelou a uma esperança alicerçada na fé — tanto a das religiões como a de filosofias e humanismos — e na caridade, entendida como “amor, com serviço, com doação, com partilha com todos”.

Direcionou esta mensagem particularmente para aqueles que vivem sem condições básicas como alimento, teto, saúde ou educação, e para os que apenas conhecem “a morte, a fome, a odisseia sem horizonte”.

Esta esperança, segundo o Presidente, deve ser mantida “apesar de tudo isto, contra tudo isto, esperança sem medo”, através de um compromisso constante com a paz, a justiça e o bem comum.

No final da sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa pediu ao cardeal Parolin que transmitisse ao Papa o testemunho de Portugal, um povo que, inspirado em Santo Agostinho, tenta todos os dias “construir, na cidade dos homens, a cidade de Deus”. A organização do evento referiu que a iniciativa visava sensibilizar os responsáveis públicos para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.

Artigos

6
categoryVer categoria completa