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Morte do pintor Eduardo Batarda

O pintor Eduardo Batarda, considerado uma das figuras mais notáveis e incontornáveis da arte contemporânea portuguesa, faleceu aos 81 anos, deixando um legado marcado pela erudição, ironia e uma profunda influência em várias gerações de artistas.
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O artista plástico Eduardo Batarda morreu aos 81 anos, em Lisboa, vítima de doença prolongada, conforme anunciado pelas galerias Pedro Oliveira e Miguel Nabinho. Nascido em Coimbra em 1943, Batarda abandonou o curso de Medicina para se dedicar à Pintura, formando-se na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e, posteriormente, no Royal College of Art, em Londres.

Considerado uma "figura maior da arte contemporânea portuguesa", o seu percurso foi amplamente elogiado por diversas instituições.

A Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE) e João Pinharanda, diretor do MAAT, destacaram a sua coragem, o domínio técnico e a sua atitude crítica e rigorosa.

A sua obra, profundamente pessoal, é caracterizada pela "experimentação formal, densidade crítica e uma singular ironia", cruzando referências literárias, musicais e visuais.

A CACE detém obras representativas como "El Cineasta" (1979) e "Tigre da Malásia" (1985).

Além da sua prática artística, Batarda teve um papel fundamental como docente na Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto durante mais de três décadas, onde deixou uma "marca duradoura" em inúmeros estudantes que hoje são artistas reconhecidos.

A sua erudição era também notória, tendo doado a sua vasta biblioteca sobre arte renascentista e barroca à Universidade Nova.

Ao longo da sua carreira, realizou exposições marcantes, incluindo uma retrospetiva no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian (1998), e as antológicas "Outra Vez Não" em Serralves (2011) e "Misquoteros" no MAAT (2016).

O seu trabalho foi distinguido com prémios como o da Fundação EDP (2007), o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso (2019) e a Medalha de Mérito Cultural (2020).

A sua morte foi lamentada pela Ministra da Cultura, Margarida Balseiro Lopes, que o recordou como uma "inspiração evidente para tantas gerações".

A notícia foi também partilhada pela sua filha, a atriz Beatriz Batarda, e pelo seu genro, o humorista Bruno Nogueira.

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