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Educação em Portugal. OCDE revela que 38% dos adultos não termina escolaridade

Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) revela um panorama preocupante para a literacia em Portugal, indicando que quase metade da população adulta enfrenta dificuldades significativas na compreensão de textos.
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De acordo com o relatório “Education at a Glance 2025” da OCDE, baseado no inquérito às competências dos adultos (PIAAC), Portugal apresenta um dos níveis mais baixos de proficiência em literacia entre os países analisados. O estudo conclui que 46% dos portugueses com idades entre os 25 e os 64 anos se situam no nível 1 de proficiência ou abaixo, o que significa que apenas conseguem interpretar textos muito curtos e simples. Este valor é consideravelmente superior à média da OCDE, que se fixa nos 27%.

Na comparação internacional, Portugal fica posicionado quase no final da tabela, sendo apenas superado pelo Chile, onde 57% dos adultos inquiridos não ultrapassaram o nível 1.

No extremo oposto, no que diz respeito às competências mais avançadas (níveis 4 e 5), que envolvem a capacidade de avaliar criticamente informações complexas, apenas 3% dos portugueses atingiram este patamar.

Este número contrasta com a média de 12% registada nos países da OCDE e é um dos mais baixos, a par da Polónia e Eslováquia (3%) e apenas acima do Chile e Lituânia (ambos com 2%).

O relatório estabelece uma ligação direta entre o nível de escolaridade e as competências de literacia.

Em Portugal, os adultos com ensino superior obtiveram, em média, pontuações significativamente mais altas do que aqueles com apenas o ensino secundário ou básico. Este dado é particularmente relevante num contexto em que 38% dos adultos portugueses têm, no máximo, o ensino básico completo.

A OCDE sublinha que a literacia é fundamental para o exercício pleno da cidadania e para o acesso a direitos básicos.

A proficiência em literacia influencia também a participação em formação contínua. Em 2023, 80% dos adultos com competências nos níveis 4 ou 5 participaram em alguma ação de formação, enquanto apenas 22% dos que se encontravam no nível 1 ou abaixo o fizeram.

Este défice de competências limita, assim, não só as oportunidades profissionais, mas também a participação cívica e o desenvolvimento pessoal.

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