Egito espera anunciar segunda fase do acordo para Gaza em janeiro enquanto Israel enfrenta ultimato judicial sobre acesso da imprensa



O Egito, um dos países mediadores juntamente com o Qatar, os Estados Unidos e a Turquia, espera que a segunda fase do acordo sobre a Faixa de Gaza seja anunciada em janeiro.
Segundo o governante egípcio Badr Abdellaty, os contactos continuam a progredir positivamente após uma reunião em Miami.
Esta nova etapa é considerada crucial, pois prevê a retirada israelita da Faixa de Gaza, o desarmamento das milícias, o envio de uma força internacional para verificar o cessar-fogo e a formação de um comité administrativo tecnocrático palestiniano para governar o território.
O plano baseia-se na proposta de paz do presidente norte-americano Donald Trump.
Entretanto, a situação no terreno permanece tensa, apesar do cessar-fogo em vigor desde 10 de outubro.
O Hamas acusa Israel de violações contínuas, alegando que mais de 400 pessoas morreram desde o início da trégua, e insta os mediadores a pressionarem Israel para iniciar a reconstrução de Gaza.
Israel, por sua vez, justifica os seus ataques como ações contra ameaças às suas tropas, que ainda controlam 54% do enclave.
O conflito, que começou com os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultaram em cerca de 1.200 mortos em Israel, já provocou mais de 70 mil mortos em Gaza, segundo as autoridades locais. Paralelamente aos esforços diplomáticos, a Associação de Imprensa Estrangeira em Jerusalém saudou um ultimato do Supremo Tribunal de Israel, que estabeleceu o dia 4 de janeiro como data-limite para o governo apresentar um plano que permita o acesso de jornalistas internacionais à Faixa de Gaza. Desde o início da guerra, as autoridades israelitas têm impedido o acesso independente de jornalistas, permitindo apenas visitas supervisionadas pelo seu exército. A associação, que representa centenas de meios de comunicação, luta há mais de um ano por este acesso e criticou as "táticas dilatórias" do Estado israelita, esperando que o tribunal defenda a liberdade de imprensa caso o governo continue a obstruir o acesso.




















