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Apoio às Vítimas do Elevador da Glória

A Câmara Municipal de Lisboa justifica o adiamento da criação de um fundo de apoio às vítimas do acidente no Elevador da Glória com o facto de as seguradoras estarem a cobrir todas as despesas.
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A Câmara Municipal de Lisboa (CML) ainda não constituiu o fundo municipal de apoio às vítimas do acidente com o Elevador da Glória, ocorrido a 3 de setembro, que causou 16 mortos e duas dezenas de feridos. Segundo o vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia, a criação do fundo não foi necessária até ao momento, uma vez que as companhias de seguros estão a suportar todas as despesas relacionadas com as vítimas. Anacoreta Correia garantiu que existe "disponibilidade total" por parte do executivo para avançar com o fundo caso seja necessário, mas sublinhou que o município não deve "poupar dinheiro às seguradoras", cujo dever é corresponder a estas necessidades.

O vice-presidente informou que a cobertura de seguro contratada pela Carris, a empresa municipal que gere o elevador, é de 50 milhões de euros, um valor consideravelmente superior aos 7,5 milhões exigidos por lei.

A seguradora principal, a Fidelidade, tem demonstrado "empenho grande" em responder às vítimas, e já estão a ser diligenciados acordos para indemnizações em alguns casos.

A informação foi partilhada após uma reunião extraordinária da câmara, a terceira sobre o tema, que foi solicitada pelos vereadores da oposição (PS, Livre, BE e Cidadãos por Lisboa) para obter "esclarecimentos sobre falsidades, omissões e incongruências". O presidente da CML, Carlos Moedas, agendou a reunião para o dia seguinte às eleições autárquicas para "não partidarizar" o tema, acusando o PS de tentar obter aproveitamento político da tragédia. Durante a reunião, o vereador socialista Pedro Anastácio considerou "positivo" que o apoio esteja a chegar às pessoas afetadas através da seguradora, mas reiterou a necessidade de garantir o compromisso total de apoio às vítimas e familiares.

Outros partidos, como o PCP, também exigiram esclarecimentos sobre contradições relacionadas com a manutenção do elevador, nomeadamente sobre um concurso público de 2022 e alertas prévios de trabalhadores sobre falhas de segurança.

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