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Elevador da Glória. Inspeção feita no dia do acidente durou 33 minutos

Um acidente com o Elevador da Glória está a gerar controvérsia sobre a segurança do equipamento, com a inspeção realizada no dia do sinistro a ser alvo de fortes críticas por parte de especialistas e de um antigo funcionário da Carris.
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As conclusões iniciais sobre o acidente com o Elevador da Glória, que estavam previstas para sexta-feira, foram adiadas.

O gabinete responsável pela investigação de acidentes ferroviários informou que necessitou de aguardar pela remoção total dos destroços, trabalhos que só terminaram de madrugada, para poder avançar com o seu comunicado.

No centro da polémica está a inspeção técnica realizada ao elevador na manhã do próprio dia do acidente.

A vistoria durou pouco mais de 30 minutos, especificamente 33 minutos, e concluiu que o equipamento estava operacional.

Especialistas do setor consideram "muito difícil de aceitar" que nenhum problema tenha sido detetado numa inspeção tão curta, questionando a sua eficácia.

As dúvidas estendem-se também à decisão de recorrer a uma empresa externa, que alegadamente não possuiria a mesma experiência que os quadros da Carris.

Estas preocupações são partilhadas por Carlos Gaivoto, um engenheiro que trabalhou na Carris durante 50 anos. O antigo funcionário critica o que descreve como um "esvaziamento de quadros técnicos" e os cortes na capacidade da empresa, fatores que, na sua opinião, podem estar na origem de acidentes graves.

Gaivoto afirma que uma inspeção visual de apenas 30 minutos não é suficiente para garantir a segurança do sistema.

Entretanto, a seguradora da Carris já se pronunciou, prometendo rapidez no processo de pagamento das indemnizações às vítimas e às suas famílias.

Os valores ainda não foram definidos e serão avaliados caso a caso.

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