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Carneiro quer ver setores agrícola e florestal nas prioridades do Governo

A agricultura portuguesa atravessa um período de profunda modernização, marcada pela inovação e sustentabilidade, mas enfrenta desafios significativos como a elevada dependência externa e a necessidade de políticas de apoio mais eficazes.
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O setor agrícola e florestal em Portugal vive um momento de transformação, afirmando-se como um eixo fundamental para o desenvolvimento económico do país. Apesar da diminuição do número de explorações agrícolas nas últimas décadas, de mais de 415 mil em 1999 para cerca de 261 mil atualmente, o setor tornou-se mais produtivo e competitivo. A dimensão média das explorações duplicou, passando de 9,3 hectares para 14,8 hectares em 2023, refletindo uma maior profissionalização. A inovação é uma realidade, com o desenvolvimento de técnicas que permitem poupar água no cultivo de arroz ou aumentar a eficiência da rega no milho, como demonstrado em eventos como a Agroglobal, em Santarém.

Este setor representa mais de 400 mil postos de trabalho diretos, ascendendo a mais de 600 mil se incluída a agroindústria e a fileira florestal.

Contudo, persistem desafios estratégicos que exigem atenção política.

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, defendeu que o investimento na agricultura e florestas deve ser uma prioridade nacional para reduzir a dependência externa de Portugal, que importa cerca de 70% dos alimentos que consome. Durante uma visita à AgroSemana, na Póvoa de Varzim, Carneiro sublinhou a necessidade de mais apoios às cooperativas, propondo um projeto nacional para a sua capacitação e acompanhamento na formação da estrutura de preços. O líder socialista criticou também a ineficácia da Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Alimentar (PARCA), acusando-a de não cumprir a sua missão de regular a formação de preços entre o produtor e o consumidor. Para Carneiro, é imperativo introduzir mecanismos de correção para assegurar uma repartição mais justa dos lucros ao longo da cadeia de valor, corrigindo o que considera serem "níveis de injustiça social".

A par destas questões, existem crises regionais, como a do Douro, onde os agricultores enfrentam preços baixos, sendo a inovação e o turismo apontados como oportunidades de revitalização.

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