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Sábado, Agosto 16

Em três meses de época balnear registaram-se 4 interdições a banhos na Madeira

A época balnear de 2025 em Portugal registou 17 interdições a banhos no continente entre maio e julho, um número que, apesar de quase 50% inferior ao de 2024, revela persistentes desafios na qualidade da água.
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Entre maio e julho de 2025, foram decretadas 17 interdições a banhos em 16 zonas balneares de Portugal continental.

Segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Direção-Geral da Saúde (DGS) compilados pela associação ambientalista Zero, a maioria dos casos (14) deveu-se a contaminação microbiológica, com dois registos por deteção de salmonela e um por medida de precaução.

Este número representa uma redução de quase 50% em comparação com as 31 interdições registadas no mesmo período de 2024. Apesar da diminuição nas interdições, o número de desaconselhamentos de banhos no continente aumentou ligeiramente, totalizando 34 ocorrências que afetaram 27 praias, mais três do que em 2024.

Na Região Autónoma da Madeira, registaram-se quatro situações de desaconselhamento, enquanto os Açores mantiveram as suas águas balneares sem quaisquer restrições.

Das 673 águas balneares monitorizadas no país, apenas um “número limitado” apresentou problemas.

A praia de Matosinhos foi a que apresentou mais problemas, com três desaconselhamentos ou proibições e uma interdição que durou quase duas semanas.

A APA atribuiu os problemas em Angeiras Norte (Matosinhos) e Labruge (Vila do Conde) a “descargas industriais” no rio Onda, o que, para a Zero, evidencia falhas na fiscalização.

A associação destacou também o incidente em agosto na praia da Nazaré, onde uma descarga do sistema de saneamento levou mais de 100 pessoas a procurar cuidados de saúde, considerando-o um “claro alerta” para a necessidade de reforçar a prevenção. No Algarve, os desaconselhamentos nas praias de Alagoa-Altura e Praia Verde levaram a Zero a defender a necessidade de “amostras extra” para complementar a monitorização regular, especialmente em praias com histórico de excelência onde episódios de poluição podem não ser detetados. Em nota positiva, nenhuma das 81 praias classificadas pela associação como “Praia Zero Poluição” — por não terem registado contaminação nas últimas três épocas balneares — foi alvo de interdição ou desaconselhamento.

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