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Empresa 'nasce' em Évora para ajudar profissionais de saúde com IA

Docentes da Universidade de Évora, em colaboração com um investigador da Universidade de S. José em Macau, lançaram uma startup de inteligência artificial focada no setor da saúde para criar um sistema de apoio à decisão para médicos e enfermeiros.
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A startup tecnológica "Trustworthy AI" foi criada este mês em Évora, com sede no Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT). A empresa é o resultado de uma colaboração entre Paulo Quaresma e Vítor Nogueira, docentes do Departamento de Informática da Universidade de Évora, e Jianbiao Dai, da Universidade de São José, em Macau. O objetivo principal da nova empresa é o desenvolvimento de soluções inovadoras baseadas em metodologias de inteligência artificial (IA) que sejam confiáveis, auditáveis, explicáveis e éticas.

O foco inicial da Trustworthy AI está na área da saúde.

O projeto pretende desenvolver um sistema de apoio à decisão que seja personalizável para hospitais, centros de saúde e lares. Este sistema de IA irá analisar dados dos doentes, como sintomas, historial clínico, contexto e outras características, para gerar propostas de diagnóstico e terapêutica. Um dos fundadores, Paulo Quaresma, sublinhou que a ferramenta não pretende, nem considera desejável, substituir os profissionais de saúde, mas sim funcionar como um suporte para uma decisão mais rápida.

A principal característica da solução é a sua capacidade de explicar o raciocínio por detrás das suas sugestões, apresentando-as aos profissionais de saúde com níveis de confiança.

Desta forma, o sistema pode alertar os profissionais para situações que poderiam não estar a ser consideradas no momento, contribuindo para otimizar o tempo e melhorar a prestação dos cuidados de saúde.

A abordagem assenta em metodologias auditáveis, permitindo que uma entidade externa possa verificar todo o processo de decisão da IA.

Atualmente, a empresa está a trabalhar em candidaturas para obter financiamento, nomeadamente através do programa regional Alentejo 2030 e de apoios em Macau.

Os planos futuros incluem o desenvolvimento de projetos-piloto no Alentejo e na região da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau durante o próximo ano.

O objetivo é testar e avaliar a solução para que, no final de 2026, possa ser alargada a outras localizações.

A criação da startup reforça a aposta da Universidade de Évora na transferência de conhecimento para a sociedade.

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