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Panorama Nacional

A atualidade nacional é marcada por investimentos públicos em infraestruturas, enquanto o setor da educação lida com dívidas de propinas e os tribunais julgam casos de criminalidade grave.
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O Município de Caminha garantiu um financiamento superior a 250 mil euros para a requalificação e modernização dos pavilhões municipais de Caminha e de Vila Praia de Âncora.

A verba, que cobre 70% do valor total das intervenções, foi aprovada no âmbito do programa comunitário NORTE2030.

Segundo a autarquia, os projetos e os respetivos planos de segurança estão concluídos e as empreitadas já foram adjudicadas, reunindo-se assim as condições para o início das obras que visam melhorar as condições para a prática desportiva.

No setor militar, o Exército Português abriu um concurso público no valor de 400 mil euros, sem IVA, para a substituição da cobertura da cozinha do Quartel do Vale do Aguilhão, em Beja, sede do Regimento de Infantaria n.º 1. A empreitada, com um prazo máximo de execução de 150 dias, será suportada pelo Estado-Maior do Exército e não conta com financiamento de fundos europeus. No que diz respeito ao Ensino Superior, os estudantes devem um total de 36,1 milhões de euros em propinas a 14 das principais instituições públicas.

O valor acumulado refere-se aos últimos três anos letivos e abrange cerca de 133.755 estudantes.

O Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE) é a instituição com o maior valor em dívida, com 15,8 milhões de euros, seguido pela Universidade do Minho, com 7,1 milhões, e pela Universidade do Porto, com 4,6 milhões de euros. No mesmo período, foram recuperados mais de 16 milhões de euros e enviadas 3.653 certidões de dívida para cobrança coerciva. Na esfera judicial, uma empresária e um cúmplice estão a ser julgados no Tribunal de Santa Maria da Feira, acusados de sequestrar um intermediário financeiro de Vale de Cambra. Aos arguidos é imputado o crime de extorsão de cerca de 50 mil euros, alegadamente motivado pelo facto de a vítima não ter conseguido obter uma garantia bancária de três milhões de euros para a empresária.

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A excessiva extração de água reduziu a capacidade de armazenamento do aquífero de Alcácer do Sal

Monocultura, golfe e turismo são apontados como as maiores pressões sobre os recursos hídricos. Os dados do programa europeu Copernicus revelam que, com a escassez de águas subterrâneas, o solo da região tem vindo a abater.A pressão sobre os recursos hídricos, combinado com os efeitos das alterações climáticas estão a esgotar a capacidade de armazenamento de água do aquífero de Alcácer do Sal. Foto: Vitor Oliveira de Torres Vedras, PORTUGAL, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia CommonsOs dados geoespaciais do programa europeu Copernicus, que monitoriza os meios terrestres e marinhos, bem como a atmosfera e as alterações climáticas da Terra, revelam que o solo da região litoral de Alcácer do Sal e de Grândola, no Baixo Alentejo, têm vindo a abater vários centímetros ao longo dos últimos cinco anos.O Copernicus é um sistema de observação da Terra composto por uma frota de satélites europeus Sentinel e instrumentos in-situ – no solo, mar e ar –que recolhem e disponibilizam dados gratuitos usados para monitorizar o meio ambiente.O evento não é propriamente uma novidade, uma vez que os estudos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) já vinham alertando para os perigos do uso excessivo de águas subterrâneas na região, que poderiam resultar em rebaixamentos do solo.A agricultura intensiva é, juntamente com os empreendimentos turísticos, apontada como uma das causas para a escassez de águas subterrâneas em Alcácer do Sal. Foto: Matthias Oben via PexelsO fenómeno, confirmado agora pelas imagens de satélite em alta-resolução e instrumentos de medição do programa Copernicus, ocorre em toda a região onde se encontra a formação geológica subterrânea. O peso da urbanização e da agricultura intensivaO abatimento dos terrenos assume particular gravidade nos locais onde foram construídos campos de golfe, unidades hoteleiras e vastas extensões de agricultura intensiva, como são os casos das plantações de abacates e de citrinos.Artigo relacionadoCom que rapidez as águas subterrâneas são recarregadas? A resposta permitirá uma gestão mais sustentávelO aquífero da margem esquerda de Alcácer do Sal, também denominado de T3, é um sistema que abrange os municípios de Alcácer do Sal e de Grândola, fazendo parte de uma grande unidade hidrogeológica ligada à Bacia do Tejo-Sado. A sua recarga é feita por infiltração direta, quer da precipitação, quer a partir de cursos de água, na parte mais elevada do seu percurso na bacia. Portugal Continental tem 62 sistemas aquíferos agrupados em quatro unidades hidrogeológicas: Maciço Antigo, Orla Ocidental, Orla Meridional e Bacia do Tejo-Sado. O aumento da pressão sobre os recursos hídricos, combinado com os efeitos das alterações climáticas são, portanto, os fatores que mais contribuem para esgotar a capacidade de armazenamento de água do aquífero.Artigo relacionadoOs eco-solos têm o efeito de uma esponja! Boas notícias para as águas subterrâneas!O que está a acontecer, na prática, é uma extração de água superior àquela que entra no aquífero. Como resultado, os espaços antes preenchidos por água, abateram num efeito em cadeia, originando depressões na superfície do solo.Perdas de reservas de água superiores à recarga naturalA região da Bacia do Tejo-Sado possui um dos sistemas aquíferos mais importantes do país, com uma produtividade superior a 30 litros por segundo. Mas, segundo a Associação de Agricultores de Alcácer do Sal, o aquífero da margem esquerda de Alcácer do Sal já perdeu, nas últimas duas décadas, 50% das reservas de água, passando de 60 hm3 para 30 hm3.O consumo anual, de acordo com a associação, já ultrapassa a recarga natural, com um défice de 3 hm³/ano, com as perdas anuais a duplicarem nos últimos cinco anos.O açude de Murta é um spot de biodiversidade, mas o uso insustentável das águas subterrâneas pode colocá-lo em risco. Foto: GEOTAAs consequências são já visíveis a olho nu, advertem as associações ambientalistas, com a lagoa de Melides e o açude de Murta em risco, bem como poços e furos contaminados com água salobra.O açude de Vale dos Coelheiros, em Grândola, é apontado como o melhor exemplo para ilustrar o impacto que os usos excessivos das águas subterrâneas têm provocado na região. Segundo um recente estudo realizado pelo geólogo e hidrogeólogo Jorge Duque, do Gabinete de Planeamento e Gestão do Território (GGT), o reservatório tinha um volume de cerca de 3,5 hectómetros, que desapareceu em pouco mais de três anos, em 2023.O declínio de pinheiros-mansos e sobreirosNum território que até 2015 estava coberto de povoamentos de pinheiro-manso e montado de sobro, crescem agora as explorações agrícolas de elevada exigência hídrica e empreendimentos turísticos. Das cinco fábricas de produção de pinha restam duas, que ainda resistem à escassez de matérias-primas, enquanto a cortiça tem registado um decréscimo na quantidade e qualidade.Artigo relacionadoDesafios globais: as águas subterrâneas estão em risco, mas gestão pode reverter esta tendênciaÉ o futuro da agricultura da região que está em risco, adverte a Associação de Agricultores de Alcácer do Sal, mas o colapso do aquífero pode ter também consequências ainda mais severas, tendo em conta que Alcácer do Sal, Grândola, Sines e Santiago do Cacém dependem totalmente deste sistema hídrico para abastecer a população com água potável.Referências da notíciaRecursos hídricos em risco. Especialistas alertam para extração excessiva. Programa A Prova dos Factos. RTP1Açude da Murta corre o sério risco de secar – Grupo de Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA)Jorge Duque. Estudo hidrogeológico e climático-hidrológico do prédio 54 e envolvente ao açude de vale de coelheiros, em muda (Grândola). Gabinete de Planeamento e Gestão do Território, Lda (GGT) O Aquífero de Alcácer do Sal (Margem Esquerda), fonte de vida para a nossa agricultura, está em colapso. Associação de Agricultores de Alcácer do Sal

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