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O Efeito Multiplicador do Capital de Risco: Estudo Revela Impacto e Aponta Caminhos para o Crescimento

Um estudo do ISCTE, encomendado pela Associação Portuguesa de Capital de Risco, revela o impacto transformador do capital de risco na economia portuguesa, impulsionando significativamente o crescimento, o emprego e a internacionalização das empresas nacionais.
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As empresas portuguesas que recebem investimento de capital de risco geram, em média, um volume de negócios 12,3 vezes superior à média nacional e criam 15,1 vezes mais postos de trabalho. Esta é a principal conclusão do estudo “Impacto do Capital de Risco em Portugal – Emprego, Crescimento e Internacionalização”, realizado pelos docentes e investigadores do ISCTE, Paulo Viegas de Carvalho e Carlos Manuel Pinheiro, para a Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI). Os resultados, que serão apresentados numa conferência a 29 de outubro, indicam que o setor movimenta anualmente 21,7 mil milhões de euros, o que corresponde a 4,4% do volume de negócios das empresas nacionais, sendo este valor gerado por apenas 0,36% do total de empresas. Estas companhias são responsáveis por cerca de 177 mil empregos. O estudo detalha que uma empresa financiada por capital de risco emprega, em média, 125 trabalhadores, em comparação com a média nacional de 8,3. O seu volume de negócios médio atinge os 15,3 milhões de euros e o EBITDA médio é de 1,5 milhões de euros, 7,5 vezes superior aos 200 mil euros da média nacional. O impacto fiscal é igualmente relevante, com cada empresa a pagar, em média, 2,2 milhões de euros em IRC por exercício.

Além disso, estas empresas demonstram uma forte vocação internacional, com as exportações a representarem quase metade (48,8%) do seu volume de negócios, reforçando o papel do capital de risco na internacionalização da economia portuguesa. Segundo Stephan de Moraes, presidente da APCRI, apesar do impacto positivo, o investimento em capital de risco em Portugal corresponde a apenas 0,053% do PIB, colocando o país na cauda da Europa. O principal obstáculo identificado é a falta de capital privado institucional, o que torna a indústria demasiado dependente de capital com origem no Estado. Nesse sentido, a APCRI apela ao Governo para que concretize medidas do seu programa, como a criação de um fundo de fundos gerido pelo Banco Português de Fomento e a implementação de incentivos para que investidores institucionais, como fundos de pensões e seguradoras, invistam em fundos de 'private equity' e 'venture capital'. Relativamente a uma eventual extinção do SIFIDE, de Moraes defende que devem ser criadas alternativas melhores e em condições de mercado para que o setor continue a modernizar a economia.

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