
Tensão social no Equador após fim do subsídio ao gasóleo



O Presidente equatoriano, Daniel Noboa, anunciou que quem pressionar os agricultores a juntarem-se a protestos contra a eliminação do subsídio estatal ao gasóleo enfrentará acusações de terrorismo, puníveis com até 30 anos de prisão. A declaração foi feita durante uma visita a Riobamba, capital da província de Chimborazo, onde o governo entregou cem tratores, oito mil títulos de propriedade e injetou cem milhões de dólares (cerca de 85 milhões de euros) no setor agrícola local. A decisão de eliminar o subsídio, que resultou num aumento de 56% no preço do gasóleo, gerou uma forte tensão social. Em resposta, a Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), a maior organização social do país, convocou uma “greve nacional por tempo indeterminado”.
O movimento indígena tem um historial de sucesso em reverter medidas semelhantes, tendo liderado protestos massivos que forçaram os ex-presidentes Lenín Moreno (2019) e Guillermo Lasso (2022) a recuar.
Para conter a agitação, o governo de Noboa declarou estado de emergência em oito províncias, incluindo Chimborazo, e impôs um recolher obrigatório noturno em cinco das 24 regiões do país. O executivo justifica a medida de austeridade com a necessidade de reduzir o défice orçamental e cumprir as metas de um acordo de empréstimo com o Fundo Monetário Internacional. A poupança anual estimada é de 1,1 mil milhões de dólares, que serão, segundo o governo, canalizados para projetos de proteção social e incentivos a pequenas e médias empresas. Paralelamente, Noboa propôs a realização de um referendo em novembro para convocar uma Assembleia Constituinte. O objetivo é redigir uma nova Constituição que reforce os mecanismos de combate ao crime organizado, um problema crescente no Equador, que se tornou um ponto nevrálgico para o tráfico de cocaína entre a Colômbia e o Peru.
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