menulogo
Notícias Agora
user
Close

Equipa de Israel recusa abandonar Volta a Espanha após protestos pro-Palestina: "Abriria um precedente perigoso"

A 11.ª etapa da Volta a Espanha de 2025 foi palco de intensos protestos pró-Palestina em Bilbau, que levaram à suspensão da chegada e ao cancelamento da atribuição de um vencedor, evidenciando a tensão política em torno da participação da equipa israelita.
News ImageNews ImageNews Image

A décima primeira etapa da Volta a Espanha em bicicleta de 2025, com partida e chegada previstas em Bilbau, foi neutralizada devido a uma série de protestos pró-Palestina que comprometeram a segurança do evento. A organização da prova decidiu cronometrar os tempos a três quilómetros da meta e não declarar um vencedor para a etapa, após manifestantes terem invadido a linha de chegada, derrubando barreiras de proteção. Os protestos, que ocorreram ao longo de todo o percurso, visavam a presença da equipa Israel-Premier Tech e pretendiam condenar a ofensiva israelita em Gaza, descrita pelos manifestantes como um "genocídio". Grupos de manifestantes, empunhando bandeiras bascas e palestinianas, gritaram palavras de ordem como "Boikot Israel, Palestina askatu" (Boicote a Israel, liberdade para a Palestina). Houve várias tentativas de interromper a corrida, incluindo a colocação de fardos de palha na estrada e o uso de uma faixa de grandes dimensões.

Os incidentes resultaram em quatro polícias feridos, três manifestantes detidos e cinco identificados.

A equipa Israel-Premier Tech, que já tinha sido alvo de hostilidade em etapas anteriores, recusou a sugestão do diretor técnico da prova para abandonar a competição.

Em comunicado, a formação israelita afirmou que a sua saída abriria um "precedente perigoso no ciclismo" e, embora respeitando o direito à manifestação pacífica, considerou que o comportamento dos manifestantes em Bilbau foi "perigoso" e "contraproducente".

As reações políticas foram diversas.

A segunda vice-primeira-ministra espanhola, Yolanda Díaz, elogiou o "compromisso" do povo espanhol com a causa palestiniana e classificou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, como um "criminoso de guerra".

A ministra Sira Rego e o líder nacionalista basco Arnaldo Otegi também aplaudiram a suspensão.

Por outro lado, o Ministro da Segurança basco, Bingen Zupiria, lamentou os incidentes.

A coligação separatista Euskal Herria Bildu já tinha apelado à população para que aproveitasse a passagem da Vuelta para protestar.

Artigos

6