
Equipa NOW com Germano Almeida e Miguel Conceição esteve no cemitério dos heróis de guerra em Lviv



Em Lviv, decorre um encontro entre 40 jovens portugueses e ucranianos, no âmbito da primeira edição da Escola de Verão Europeia, também designada Enlargement CEmp. A iniciativa, organizada pela representação portuguesa da Comissão Europeia, a Agência Erasmus+ e a Câmara Municipal de Lviv, tem como objetivo mostrar aos participantes portugueses a realidade de um país em guerra há quase quatro anos. Durante a sua estadia, os jovens visitaram locais marcantes como o cemitério dos heróis de guerra, onde estão sepultados mais de dois mil soldados mortos desde o início da invasão russa, e hospitais com militares em reabilitação.
O intercâmbio tem sido marcado por uma forte partilha, com os ucranianos a mostrarem-se 'visivelmente surpreendidos' pela 'escuta ativa' e conhecimento dos jovens portugueses sobre o conflito.
Este encontro no terreno ocorre num momento em que a Europa debate a urgência de reforçar a sua capacidade de defesa.
Segundo o chefe do Estado-Maior checo, general Karel Řehka, a resistência ucraniana está a 'comprar tempo' para que os países europeus se preparem para uma potencial ameaça futura.
Serviços de informação europeus estimam que a Rússia poderá ter capacidade para atacar um país da NATO nos próximos cinco anos, caso consiga libertar tropas da frente ucraniana. A urgência é acentuada pelo ritmo da máquina de guerra russa, que, segundo o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, dedica 40% do seu orçamento ao esforço militar e tem uma capacidade de produção 'estonteante', reforçada por uma parceria 'sem limites' com a China.
Em resposta, a NATO estabeleceu metas para os Estados-membros aplicarem 3,5% do PIB em despesa militar até 2035.
No entanto, a Aliança enfrenta lacunas significativas, nomeadamente na defesa aérea e antimíssil, e a indústria de defesa europeia ainda não consegue responder à procura de equipamentos e munições, enfrentando longos prazos de reposição.
Enquanto se procuram garantias de segurança para a Ucrânia, o consenso entre os líderes militares é que, embora o trabalho esteja em curso, o tempo para construir as capacidades necessárias é escasso.
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