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Espanha já mobilizou 5.600 efetivos e 2.000 meios das Forças Armadas

A resposta de Espanha à vaga de incêndios sem precedentes de 2025 envolveu uma mobilização recorde das Forças Armadas, mas a gestão da crise gerou uma acesa troca de acusações entre o Governo central e as regiões autónomas.
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O governo espanhol mobilizou 5.600 militares e mais de 2.000 meios aéreos e terrestres das Forças Armadas para combater os incêndios deste ano, numa mobilização descrita como inédita.

A ministra da Defesa, Margarita Robles, informou que as regiões autónomas, que detêm a tutela da proteção civil, solicitaram por 41 vezes a ativação da Unidade Militar de Emergências (UME), uma força especial para cenários de catástrofe. A ministra garantiu que todos os pedidos foram atendidos, sublinhando que a legislação espanhola apenas permite a intervenção militar a pedido dos governos regionais.

Numa audição no Senado, Robles afirmou que a coordenação entre as equipas técnicas regionais e os militares decorreu de forma coordenada e "sem polémicas" até 15 de agosto. No entanto, a partir dessa data, acusou as regiões mais afetadas e lideradas pelo Partido Popular (PP) — Galiza, Castela e Leão e Extremadura — de submeterem pedidos de meios "abstratos" e em "quantidades incríveis", impossíveis de satisfazer. A ministra deu exemplos de ajuda militar que foi solicitada e depois não foi utilizada ou apenas ativada pontualmente, criticando a "falta de prevenção e previsão" de alguns responsáveis.

Esta controvérsia surge no seguimento de acusações do PP, que chamou quatro ministros ao Senado para darem explicações. O líder do partido, Alberto Núñez Feijóo, acusou o Governo de chegar "tarde" e de demonstrar "falta de planeamento, de prevenção e de compromisso". O executivo central, liderado pelo socialista Pedro Sánchez, rejeitou as críticas, garantindo que se antecipou na ativação da ajuda nacional e europeia aos primeiros pedidos formais, o que permitiu a chegada de meios de nove países.

A vaga de incêndios em Espanha já provocou quatro mortos e queimou cerca de 400 mil hectares em 2025, um recorde anual desde o início dos registos comparáveis em 2006, segundo dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS). Em resposta, o Governo espanhol declarou como zonas de catástrofe as áreas afetadas por 113 grandes incêndios, dos quais 15 permaneciam ativos.

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