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Incêndios: Espanha vai propor a Portugal pacto para responder a emergência climática

Na sequência dos devastadores incêndios do verão de 2025, o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, anunciou que irá propor a Portugal e a França um pacto conjunto para responder à emergência climática.
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O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, defendeu a criação de "um pacto de Estado face à emergência climática" e revelou a intenção de alargar a proposta aos governos de Portugal e França.

Falando em Madrid, num evento para apresentar a iniciativa, Sánchez sublinhou que os incêndios que devastaram Espanha este verão também afetaram os países vizinhos, justificando assim a necessidade de uma abordagem conjunta e transfronteiriça para combater a crise climática. Sánchez atribuiu a dimensão e a violência dos fogos deste ano, os maiores de que há registo em Espanha, ao impacto direto das alterações climáticas, afirmando que "as alterações climáticas matam". Os incêndios em 2025 resultaram na morte de quatro pessoas e queimaram cerca de 400 mil hectares em Espanha, um recorde anual segundo dados provisórios do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).

Estes eventos coincidiram com uma onda de calor descrita como a "mais intensa" e a terceira mais longa desde 1975.

Em resposta, o governo espanhol declarou zonas de catástrofe as áreas afetadas por 113 grandes incêndios. Para além da crise climática, o chefe do governo espanhol apontou outras causas para a severidade dos incêndios, como uma gestão territorial "não adequada", com florestas "carregadas de biomassa" e a falta de corta-fogos.

Mencionou também a ausência de espécies de árvores autóctones ou mais resistentes às chamas. Sánchez criticou ainda o que considerou ser "uma política de prevenção claramente insuficiente", referindo a falta de planos adequados e de corpos de bombeiros e sapadores florestais em número suficiente, responsabilidades que atribuiu aos governos regionais. No seu discurso, Pedro Sánchez dirigiu-se também à Comissão Europeia, "que é o Governo da Europa", para reforçar a importância de não recuar na transição ecológica.

O primeiro-ministro condenou os discursos negacionistas e vincou a necessidade de avançar com as políticas ambientais para enfrentar a emergência climática de forma decisiva.

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