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Havelar apresenta primeira obra pública com impressão 3D
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Havelar constrói primeira obra pública com impressão 3D em Portugal
A startup portuguesa Havelar apresentou a primeira obra pública em Portugal construída com recurso a impressão 3D, um edifício de 500 metros quadrados em Matosinhos erguido em tempo recorde. Esta tecnologia inovadora é apontada como uma solução para a crise de habitação e a escassez de mão-de-obra no setor da construção.
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A empresa portuguesa Havelar apresentou, a 5 de setembro, a primeira obra pública do país que utiliza a tecnologia de impressão 3D. O projeto, localizado no Ecocentro de Perafita, em Matosinhos, resulta de um concurso público da câmara municipal e consiste num edifício de 500 metros quadrados que servirá de sede ao projeto ReCircular. Com um investimento de 800 mil euros, esta iniciativa foca-se na reciclagem de resíduos eletrónicos e promove a inclusão social ao empregar pessoas com incapacidade da região. A construção da estrutura principal do edifício foi concluída no tempo recorde de uma semana, prevendo-se que a obra esteja totalmente finalizada no prazo de cinco meses. Este feito foi possível graças à parceria da Havelar, sediada em Vila do Conde, com a fabricante dinamarquesa COBOD, líder em soluções de impressão 3D.
A técnica utiliza materiais como betão, terras e argila, que permitem reduzir a pegada de carbono associada ao cimento convencional, além de diminuir a necessidade de mão-de-obra e, consequentemente, o risco de acidentes de trabalho. Segundo José Maria Ferreira, cofundador e CEO da Havelar, esta tecnologia representa uma solução para a crise de habitação e a escassez de mão-de-obra que afetam o setor da construção tradicional. O responsável sublinha que a impressão 3D permite construir de forma mais rápida, económica e sustentável, afirmando que uma casa que demoraria um ano a ser construída pode ser concluída em apenas um mês com quatro trabalhadores. Em 2024, a empresa já tinha demonstrado esta capacidade ao erguer a primeira casa impressa em 3D do país em apenas 18 horas. Apresentando-se como a única empresa a construir com esta tecnologia em Portugal, a Havelar tem uma carteira de obras que lhe garante uma faturação de três milhões de euros este ano, com projeções de atingir 30 milhões em 2026.
José Maria Ferreira incentiva outros construtores a modernizarem-se e a adotarem a impressão 3D, defendendo que a colaboração é essencial para dar resposta às necessidades habitacionais do país.
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