
Alienação e Concessão de Imóveis Públicos pelo Estado



O Governo português anunciou um plano para intervir no património imobiliário do Estado, com o objetivo de aumentar a oferta no mercado habitacional. A medida foi revelada pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, durante a cerimónia de oficialização de um acordo de financiamento com o Banco Europeu de Investimento (BEI), em Lisboa.
O plano contempla duas vertentes principais.
Por um lado, o Estado irá alienar (vender) nove edifícios públicos, alguns deles classificados como históricos.
Entre estes imóveis encontra-se a antiga sede da Presidência do Conselho de Ministros, local onde o Executivo se reuniu simbolicamente para aprovar estas medidas.
Os restantes edifícios a serem vendidos serviram anteriormente o Ministério da Educação e outras direções e secretarias gerais.
Por outro lado, serão colocados 14 terrenos em parcerias público-privadas, através de um regime de concessão, o que significa que não serão alienados. Estes terrenos localizam-se nos concelhos de Lisboa (sete), Amadora (dois), Porto (um), Almada (um), Oeiras (um), Albufeira (um) e Faro (um).
Esta iniciativa insere-se no programa “Construir Portugal” e visa mitigar a crise da habitação, focando-se na criação de oferta a preços moderados para a classe média.
Para gerir este processo, a empresa gestora Estamo foi incumbida de mapear todo o património imobiliário público, uma tarefa que deverá estar concluída até setembro de 2026.
A Estamo verá os seus poderes reforçados para identificar imóveis não utilizados e colocá-los sob a sua alçada.
A gestão das rendas ficará a cargo do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
O Conselho de Ministros reafirmou o seu compromisso com o tema da habitação, agendando para a próxima semana uma nova reunião para discutir fiscalidade e arrendamento.
Artigos
12











Economia
Ver mais
Bruxelas propõe 7,4 mil milhões para a PAC até 2034
O executivo comunitário propôs que Portugal receba, no novo orçamento, 33,5 mil milhões de euros, incluindo para a coesão e agricultura.

Bruxelas propõe a Portugal 7,4 mil milhões para a PAC
De acordo com a proposta apresentada no âmbito do próximo Quadro Financeiro Plurianual (QFP), Portugal deverá receber ainda 143 milhões para as pescas até 2034.

FMI já emprestou quase 60 mil milhões a África desde 2020 (e não acabou)
O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que os países africanos vão precisar de ainda mais financiamento, apesar de a instituição já ter emprestado quase 70 mil milhões de dólares desde 2020 para ajudar estas economias.

Crédito à habitação: Millennials e Gen X pedem valores semelhantes, mas pagam de forma diferente
Quando se trata de pedir crédito à habitação, as diferenças entre gerações em Portugal não estão tanto no valor do empréstimo, mas na forma como este é gerido ao longo do tempo.