
Ataque dos EUA a navio perto da Venezuela



O exército dos Estados Unidos, através do seu Comando Sul, lançou na quinta-feira um ataque contra um sexto navio no mar das Caraíbas, perto da costa venezuelana.
A operação insere-se numa campanha que o Presidente Donald Trump justifica como sendo de combate ao tráfico de droga. Ao contrário do que é habitual, o ataque não foi anunciado por Trump nas redes sociais, mas sim confirmado por vários responsáveis governamentais, que garantiram também a existência de sobreviventes. Este é um desenvolvimento significativo, uma vez que os ataques às cinco embarcações anteriores resultaram na morte de 27 cidadãos da Venezuela, Colômbia e Trindade e Tobago, sem que houvesse quaisquer sobreviventes. A polícia de Trindade e Tobago está a investigar a possibilidade de dois dos seus cidadãos estarem entre os mortos num dos ataques anteriores.
Lenore Burnley, mãe de uma das alegadas vítimas, afirmou que o seu filho, Chad Joseph, era apenas um pescador e criticou a tática norte-americana, defendendo que, de acordo com a lei do mar, os barcos suspeitos devem ser intercetados e não destruídos. A administração Trump considera os alegados traficantes como combatentes ilegais que devem ser enfrentados com força militar.
Contudo, a estratégia enfrenta oposição no Congresso, onde os democratas alegam que os ataques violam o direito norte-americano e a legislação internacional. De acordo com duas autoridades norte-americanas, a Casa Branca ainda não apresentou aos legisladores provas de que os barcos alvejados transportavam narcóticos.
Estes ataques ocorrem num contexto de aumento da presença naval dos EUA nas Caraíbas. Recentemente, foi noticiado que Trump autorizou operações da CIA na Venezuela contra o governo de Nicolás Maduro, a quem Washington acusa de liderar uma rede de narcotráfico, oferecendo uma recompensa de 50 milhões de dólares pela sua captura.
Trump não negou a informação e admitiu estar a considerar ataques terrestres em território venezuelano.
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