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Incêndios e Mortalidade Prematura

O agravamento dos incêndios florestais, impulsionado pelas alterações climáticas, poderá levar a um aumento significativo de mortes prematuras a nível global até ao final do século, alertam estudos recentes que utilizaram inteligência artificial para projetar os impactos futuros.
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Um estudo conduzido por investigadores da universidade chinesa de Tsinghua, e publicado na revista científica Nature, estima que o aumento dos incêndios florestais resultará num acréscimo de 1,4 milhões de mortes prematuras anuais a nível mundial entre 2095 e 2099. Para chegar a esta conclusão, a equipa utilizou um modelo de aprendizagem automática, um subcampo da inteligência artificial, para projetar as emissões poluentes e as mortes associadas. O número previsto representa um aumento de aproximadamente seis vezes em comparação com as taxas atuais.

O mesmo estudo prevê que as emissões globais de carbono provenientes dos incêndios florestais poderão crescer 23% num cenário de emissões intermédias, comparando os períodos de 2010-2014 e 2095-2099.

Um segundo estudo, também divulgado na Nature, foca-se especificamente nos Estados Unidos e apresenta projeções igualmente preocupantes.

Investigadores das universidades norte-americanas de Stony Brook e Stanford desenvolveram modelos estatísticos e de aprendizagem automática para prever as concentrações futuras de partículas finas (PM2.5) geradas pelos incêndios na América do Norte. Com base em dados de mortalidade registados nos EUA entre 2006 e 2019, os cientistas estimam que, num cenário de emissões elevadas, o fumo dos incêndios poderá ser responsável por mais de 70 mil mortes adicionais por ano no país até 2050. Mais precisamente, o aumento de partículas finas devido aos fogos poderá traduzir-se em 71.420 mortes anuais adicionais.

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