
Estudo sobre Álcool e Línguas Estrangeiras Vence Prémio Ig Nobel



Uma investigação sobre o efeito do álcool na aprendizagem de línguas estrangeiras venceu o Prémio Ig Nobel da Paz.
Estes prémios satíricos, atribuídos anualmente há 35 anos pela revista de humor científico "Annals of Improbable Research", distinguem experiências que "fazem rir primeiro, depois pensar", com o objetivo de despertar a curiosidade.
A investigação vencedora, conduzida por cientistas dos Países Baixos, Reino Unido e Alemanha, concluiu que um pequeno gole de álcool pode, por vezes, melhorar a capacidade de falar uma língua estrangeira ao aumentar a autoconfiança.
Os autores, que realizaram testes com estudantes, fizeram questão de alertar que o álcool não é necessário para aprender línguas e é prejudicial à saúde, especialmente em doses elevadas.
A cerimónia, organizada na Universidade de Boston, premiou outras investigações peculiares.
O Ig Nobel da Aviação, também relacionado com álcool, foi para um estudo que descobriu que o consumo de fruta com 1% de álcool prejudicava a capacidade de voo e a ecolocalização dos morcegos egípcios. Na área da química, um estudo em ratos sugeriu que o Teflon poderia ser um componente numa dieta para emagrecer.
Outras descobertas premiadas incluíram a forma como pintar uma vaca com riscas de zebra a protege de picadas de mosca, o que acontece quando um narcisista é informado de que é inteligente (psicologia), e a investigação sobre a "fase de transição" que estraga o prato de massa 'cacio e pepe' (física). A gala, que contou com a presença de verdadeiros laureados com o Prémio Nobel para entregar os prémios, também distinguiu um estudo sobre como sapatos malcheirosos afetam a experiência de usar uma sapateira (engenharia).
A título póstumo, o prémio de literatura foi atribuído a William Bean, que estudou o crescimento das suas próprias unhas durante 35 anos.
Tomoki Kojima, da equipa que pintou riscas em vacas, confessou que ganhar o Ig Nobel era o seu "sonho".
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