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Deportação de Portugueses dos Estados Unidos

Os Estados Unidos deportaram quase 300 cidadãos portugueses durante o primeiro mandato presidencial de Donald Trump, um período que viu um pico de expulsões em 2019, segundo dados de um novo portal académico.
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Durante o primeiro mandato presidencial de Donald Trump, entre 2017 e 2020, os Estados Unidos deportaram 297 portugueses.

A informação provém do novo portal Mapping Deportations, uma ferramenta analítica sobre a política de imigração norte-americana lançada pela Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA).

O pico de deportações de cidadãos portugueses neste período ocorreu em 2019, com 97 pessoas expulsas do país. Os dados, que abrangem o período até 2022, indicam uma descida no número de deportações após a tomada de posse do Presidente Joe Biden em janeiro de 2020, para 24. Contudo, o máximo histórico de deportações de portugueses não ocorreu sob a administração Trump, mas sim em 2010, durante a presidência de Barack Obama, quando foram registadas 191 expulsões.

No total, desde 1895, os EUA deportaram 5.323 portugueses.

Segundo os responsáveis pelo projeto, o mapeamento revela como o "racismo sistémico" moldou as leis de imigração dos EUA, apontando que 96% de todas as ordens de deportação foram dirigidas a cidadãos de países da América Latina, Caraíbas, Ásia e África. A título de exemplo, mais de 69.000 brasileiros foram deportados desde 1895. Relativamente à situação atual, um relatório dos Serviços de Imigração e Alfândegas dos EUA indica que 69 portugueses foram repatriados em 2024. O então secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, admitiu em fevereiro não existirem números exatos sobre os portugueses em risco de deportação, mas referiu que o Senado norte-americano tinha identificado cerca de quatro mil que tinham ultrapassado o prazo de permanência.

Na mesma altura, estavam 24 portugueses detidos nos EUA.

De acordo com o censo de 2020, residem oficialmente 1,45 milhões de pessoas de origem portuguesa no país.

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